Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Suanni Lemos de |
Orientador(a): |
LIMA, Vera Lúcia de Menezes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25640
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Resumo: |
Neoplasia maligna bucal se desenvolve a partir do revestimento epitelial da mucosa da boca. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, ocorrem 640.000 casos de câncer oral por ano, sendo o sexto tipo mais incidente e responsável por 10% de todos os tumores malignos no mundo. Diversos fatores estão envolvidos na carcinogênese, incluindo as infecções por micro-organismos. As leveduras podem desencadear mecanismos cancerígenos por metabolizar substâncias cancerígenas, como as nitrosaminas. Infecções fúngicas em pacientes portadores de câncer bucal são induzidas pelo desequilíbrio imunológico devido à terapia antineoplásica, assim como pela virulência do agente etiológico. A virulência das espécies de Candida pode ser determinada pela capacidade de aderência, proliferação, produção de enzimas como a protease, formação de tubo germinativo e resistência a drogas antifúngicas, o que torna importante a busca de novas alternativas terapêuticas, como a planta Indigoffera suffruticosa. O objetivo deste trabalho é estudar a relação da produção de nitrosamina, testar a susceptibilidade antifúngica in vitro de drogas convencionais e do extrato de I. suffruticosa em leveduras isoladas de neoplasia maligna bucal. Amostras foram isoladas de lesões malignas bucais através de biópsia, em seguida processadas para a realização de exame direto e cultura. As leveduras isoladas foram purificadas e posteriormente identificadas através da taxonomia clássica e automação. Em seguida, foram verificados fatores de virulência das leveduras quanto à produção de tubo germinativo, aderência às células epiteliais orais, detecção de protease e sensibilidade a antifúngicos (anfotericiana B, fluconazol, nistatina e o extrato de I. suffruticosa). Foram coletadas 68 amostras clínicas em pacientes que apresentavam tumores bucais. Ocorreu o predomínio do gênero masculino, da tumoração na língua e do tipo histológico Carcinoma escamocelular. Um paciente apresentou paracoccidioidomicose que simulava clinicamente lesões neoplásicas. Das amostras clínicas obtidas em tumores bucais, foram isoladas 14 espécies de leveduras, sendo Candida albicans (7), C. famata (2), C. tropicalis (3), C. lusitanie (1), C. parapsilosis (1). Destas apenas os isolados C. famata (7085) e C. tropicalis (7090) não formaram tubo germinativo. Todos os isolados foram capazes de aderir às células epiteliais orais, sendo que 57% apresentaram forte aderência, 14% moderada e 29% fraca aderência. C. famata (7085), C. tropicalis (7092) e C. albicans (7098) não apresentaram atividade proteásica. Com relação ao teste de susceptibilidade a antifúngicos, todas as leveduras foram sensíveis às drogas nistatina e anfotericina B. Os isolados C. albicans (7094) e C. famata (7096) apresentaram resistência ao fluconazol. A proteína inibe o crescimento de C. albicans, C. krusei, C. parapsilosis e C. tropicalis com CIM de 64, 32, 8 e 16 μg.mL⁻¹, respectivamente. Leveduras isoladas em tumores bucais apresentam perfis diversos quanto a patogenicidade e susceptibilidade a drogas antifúngicas. Anfotericina B, nistatina e fluconazol podem ser utilizadas no tratamento de infecções fúngicas da mucosa oral ou sistêmicas em pacientes com câncer de boca. Contudo, se faz importante o diagnóstico micológico em pacientes com suspeita de câncer oral, devido ao perfil clínico que pode simular o câncer e as de infecções associadas. |