Treinamento resistido durante a gestação : um estudo sobre as repercussões maternas, placentárias e fetais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Débora Priscila Lima de
Orientador(a): ARAGÃO, Raquel da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40768
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar as repercussões do treinamento físico durante a gestação sobre desfechos maternos, placentários e fetais. Assim, foi realizada uma revisão sistemática e um trabalho de experimentação animal. A pesquisa bibliográfica para a revisão foi realizada nas bases de dados PubMed, EMBASE, Web of Science e Scopus. O estudo original utilizou 21 ratas Wistar, entre 60/70 dias de vida, divididas nos grupos Controle (CTL=6), Treinado constante (TC=6), Treinado misto (TM=5) e Não-treinado (NT=4). A ratas dos grupos TC e TM realizaram treinamento em escada, 5 dias por semana, durante 3 semanas no período pré- gestacional com sobrecarga de 80% da capacidade máxima (CM). No período gestacional, o grupo TC realizou 3 semanas de treinamento com sobrecarga de 80% da CM. O grupo TM realizou a primeira e terceira semanas a 50% da CM e a segunda semana a 80% da CM durante a gestação. O grupo NT realizou apenas os testes de CM e grupo CTL não foi submetido a testes ou treinamento. Foram avaliados a evolução do peso corporal e da capacidade de carregamento máxima, número, sexo e peso dos fetos e peso da placenta. O sacrifício ocorreu no 20° dia de gestação. O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética da UFPE (protocolo 0059/2018). Foram incluídos 28 artigos na revisão contando com estudos em humanos e animais. Os estudos mostraram que o exercício gestacional tende a diminuir o peso placentário, aumentar a eficiência placentária e o número de vilosidades, tanto em humanos quanto em animais. No estudo original, foi observado que tanto no período pré- gestacional quanto no gestacional não houve diferença no ganho, porcentagem de ganho do peso corporal das ratas, e porcentagem de CM dos testes máximos. Em relação aos testes máximos, no período pré-gestacional, a CM total foi maior nos grupos TC e TM em comparação ao grupo NT, no segundo (p<0,05), terceiro (p<0,0001) e quarto (p<0,0001) testes. Enquanto no período gestacional, a CM dos grupos TC e TM foi maior do que a do grupo NT em todos os testes máximos (p<0,05). No sacrifício, não houve diferença entre os grupos no tecido adiposo branco materno, número de fetos, peso da placenta, peso fetal e eficiência placentária. A ausência de diferenças entre os grupos permaneceu quando os parâmetros placentários e fetais foram analisados em relação ao sexo do feto. Em conclusão, o exercício físico realizado durante a gestação, independente do tipo, intensidade, frequência e volume, é seguro e não traz prejuízos para a saúde materna e feto-placentária de humanos e animais.