A expansão da educação superior pública nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff : a interiorização da Universidade Federal de Pernambuco e suas implicações para o trabalho docente
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55014 |
Resumo: | Os governos Lula da Silva marcaram uma expansão inédita e contraditória das universidades federais brasileiras, com a criação de 14 novas universidades e 126 novos campi. Entre 2011 e 2014, no governo Dilma Rousseff, foram criadas mais 4 novas universidades e 47 novos campi. Tal expansão promoveu o acesso das camadas populares ao ensino superior, levando as universidades federais a regiões do país onde a oferta de vagas públicas era escassa, sendo essa uma marca importante do projeto neoliberal desenvolvimentista, mas que implicou profundamente o trabalho docente e próprio modelo de universidade. Esta tese de doutorado analisou a dinâmica de expansão interiorizada da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e suas repercussões para o trabalho docente no Centro Acadêmico do Agreste (CAA) e no Centro Acadêmico de Vitória (CAV). Utilizamos como marco teórico-epistemológico o materialismo histórico-dialético e como caminho metodológico recorremos à pesquisa documental e de campo, através da aplicação de questionários (Google Forms) com 22 docentes das unidades interiorizadas UFPE e de entrevistas semiestruturas com as 2 diretorias dos Centros do interior (Google Meet). Para analisar dos dados, fizemos uso das três categorias fundamentais do método de Marx, a saber: totalidade, mediação e contradição. As conclusões evidenciam que a dinâmica de expansão interiorizada adotada pela UFPE foi definida conforme os limites estabelecidos pela expansão da educação superior dos governos neoliberais desenvolvimentistas de Lula da Silva, cuja base encontra-se na estrutura enxuta de Núcleos Acadêmicos e cujas repercussões se fazem sentir do ponto de vista da desproporção de servidores por alunos, dos indicadores acadêmicos díspares, da intensificação do trabalho docente e do acesso restrito a recursos financeiros e de infraestrutura nos campi interiorizados da universidade. Esse cenário tem refletido, igualmente, no relativo rebaixamento das condições para a realização das atividades de ensino, pesquisa e extensão no CAA e no CAV, assim como na insuficiência de políticas institucionais efetivas voltadas para as especificidades do interior. |