Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lira, Lívia de Almeida |
Orientador(a): |
Souza, Sandra Lopes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12709
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Resumo: |
Os períodos pré e pós-natal representam a fase de maior desenvolvimento neuronal. Nessa fase crítica do desenvolvimento, o organismo é suscetível às influências de estímulos ambientais que podem modular os eventos ontogenéticos posteriores promovendo sérias consequências na vida adulta. Dentre esses estímulos ambientais, a desnutrição e o tratamento com inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS) estão associados a vários prejuízos morfofuncionais na vida adulta. Algumas regiões encefálicas responsáveis pela manutenção do balanço energético são alvos de ajustes permanentes promovidos por desnutrição ou ISRS no período perinatal. Nesse estudo, o objetivo foi investigar no núcleo do trato solitário (NTS) os efeitos da desnutrição ou tratamento com ISRS durante os estágios inicias do desenvolvimento sobre o controle da ingestão alimentar. Foram utilizados ratos da linhagem Wistar distribuídos aleatoriamente nos grupos Controle e Desnutrido formados por animais cujas mães receberam durante a gestação e lactação dieta contendo 17% ou 8% de caseína respectivamente. Dois outros grupos foram formados de acordo com tratamento farmacológico durante a lactação. Estes foram os grupos Salina e Fluoxetina, compostos por filhotes que receberam, respectivamente, solução de salina (NaCl 0.9%,) ou Fluoxetina (10mg/Kg) via subcutânea, diariamente, do 1º ao 21º dia de vida. Foram avaliados aos 35 e 180 dias de vida: a) Peso corporal; b) Ingestão Alimentar; c) Expressão da proteína FOS por imunohistoquímica no NTS em resposta a estímulo alimentar. As áreas estudadas foram identificadas e os neurônios imunorreativos quantificados através do microscópio ótico de campo claro com auxilio do atlas estereotáxico de Paxinos e Watson (1998). Com base nessas avaliações, o presente trabalho demonstrou que: a) a desnutrição perinatal promoveu aumento no consumo alimentar e número de células ativadas nas porções rostral (Controle= 166,3±33,8 vs Desnutrido=297,8±33, P=0.028) e medial (Controle= 167,8±47,44 vs Desnutrido=291,2±28,3, P=0.0043) do NTS em resposta a estímulo alimentar apenas em animais com 35 dias de vida; b) o tratamento neonatal com fluoxetina promoveu aumento no número de neurônios ativados em resposta a estímulo alimentar na porção rostral (Salina= 218,3±6,6; Fluoxetina=367±25,9, P=0.005) de animais adultos (180 dias); Estes resultados indicam que o NTS é uma estrutura particularmente vulnerável as influências da manipulação nutricional e farmacológica do sistema serotoninérgico nos estágios iniciais do desenvolvimento, e pode ser alvo de processos adaptativos do controle do balanço energético observados nesses animais na vida adulta. |