Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Karla Bezerra Oliveira Nascimento, Gerlane |
Orientador(a): |
Justino da Silva, Hilton |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8402
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Resumo: |
Introdução: O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região de cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças, estando associado ao tabagismo e/ou etilismo. O tratamento indicado nos casos mais avançados dessa patologia é a laringectomia total, resultando na perda da voz laríngea e modificações anatômicas da região cervical. A laringectomia total promove mutilações que geram mudanças nos padrões morfofisiológicos, fazendo com que o laringectomizado seja submetido a adaptações, acomodações e compensações da musculatura envolvida na força de mordida, mastigação e amplitude de movimento do complexo articular da mandíbula. Objetivo: Caracterizar o lado de preferência mastigatória e força de mordida em laringectomizados totais e observar se existe relação com a atividade elétrica do músculo masseter e a simetria facial. Método: A coleta de dados foi realizada no setor de Fonoaudiologia do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) entre fevereiro e junho de 2010, e contou com a participação de quinze voluntários laringectomizados totais do gênero masculino com idade média de 64 anos. Para a verificação da força de mordida solicitou-se a execução da máxima intercuspidação habitual em célula de carga com duração de cinco segundos cada uma e intervalos de dez segundos entre elas para repouso. A célula esteve localizada entre os incisivos centrais e pré-molares dos lados direito e esquerdo das arcadas dentárias em momentos distintos para cada posição; a avaliação da mastigação constou da filmagem do ato mastigatório de forma habitual, com finalidade de se identificar o lado de preferência mastigatória; a avaliação da atividade elétrica foi realizada por meio de registros eletromiográficos dos músculos masseteres direito e esquerdo, durante os momentos de contração voluntária máxima e na função de mastigação habitual e unilateral (direita e esquerda). Valores da antropometria facial foram averiguados para otimizar as correlações das variáveis. Com auxílio de um paquímetro digital as distâncias entre os pontos ex (canto externo da fissura palpebral) e ch (cheilion) nas duas hemifaces foram obtidas. Resultados: Na análise dos dados foram obtidas as medidas estatísticas: média, mediana e desvio padrão e o coeficiente de correlação de Pearson. O programa utilizado para a digitação dos dados e obtenção dos cálculos estatísticos foi o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na versão 15. Em 46,7% dos voluntários houve preferência mastigatória no lado direito e em 53,3% deles a preferência foi do lado esquerdo. As médias das distâncias entre os pontos ex e ch foram 68,48mm no lado direito e 68,93mm no lado esquerdo. Os valores de força encontrados durante a incisão apresentaram média de 25,77 Kgf. Nas mordidas unilaterais direita e esquerda em região de molares os valores médios encontrados foram 23,53 Kgf e 30,54Kgf, respectivamente. O maior valor das correlações entre a força de mordida do lado direito e esquerdo e as atividades elétricas durante as etapas de mastigação foi igual a 0,207 (p= 0,459) e 0,362 (p= 0,185), respectivamente. Conclusão: Há diferença significativa entre os valores percentuais de atividade elétrica do masseter direito em relação ao esquerdo durante a mastigação unilateral direita. Há relação estatisticamente comprovada entre o lado de preferência mastigatória e o lado da face com menor medida antropométrica. O lado de preferência da mastigação parece não relacionar-se com o lado da maior atividade elétrica na mastigação. Ao associar os valores de atividade elétrica dos masseteres com a força de mordida, não foram evidenciadas correlações significativas |