Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Elaine Cristina Sousa dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-20112017-102655/
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Resumo: |
A dor orofacial compreende todas as dores que envolvem os tecidos moles e mineralizados da cavidade oral e da face, pode ser referida na região da cabeça e/ou pescoço. A etiologia da disfunção temporomandibular (DTM) é multifatorial, são distúrbios musculoesqueléticos que afetam o sistema estomatognático, os músculos mastigatórios e/ou estruturas associadas. Uma disfunção muito prevalente é a dor miofascial. O front-plateau é um dispositivo de resina acrílica instalado nos dentes superiores anteriores, que desoclui os dentes posteriores, proporcionando desprogramação neuromuscular. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade eletromiográfica, o limiar de dor à pressão (LDP) dos músculos temporal e masseter, e a força de mordida molar máxima de participantes com dor miofascial, antes e após a instalação da placa anterior \"front-plateau\". As participantes foram recrutadas e atendidas na Clínica de Dor Orofacial do DAPE da FORP-USP. Para tanto, foram avaliadas 22 mulheres entre 20 e 60 anos. As participantes foram submetidas inicialmente aos exames de eletromiografia (EMG), eletromiógrafo MyoSystem-Br1, limiar de dor a pressão (LDP) algômetro Kratos® e foi aferida força de mordida molar máxima (FMM) por meio do dinamômetro Kratos® IDDK. Foram formados dois grupos, no grupo 1 (G1) 11 participantes usaram o front-plateau por sete dias, 16 horas nos três primeiros dias e por oito horas nos próximos quatro dias, sendo que o tratamento foi interrompido após este período. O grupo 2 (G2), com 11 participantes, iniciou o tratamento idem ao G1 e após sete dias continuaram usando o front-plateau por oito horas diárias por mais três semanas, totalizando 1 mês de uso. Após o tratamento, as participantes dos dois grupos foram novamente avaliadas quatro semanas após a primeira avaliação. Os dados foram analisados com auxílio do software R (R® Foundation for Statistical Computing, Áustria). Os valores reais ou transformados das variáveis foram comparados entre os tratamentos, dias de avaliação e sua interação pela Analise de Variância (ANOVA) em um delineamento interamente casualizado com medidas repetidas no tempo. Para as variáveis que apresentaram diferença estatística, as médias foram comparadas pelo pós-teste de Tukey (p<0,05) e os dados apresentados como a média ± o erro padrão (EP). Foi encontrado relevância estatística em todas as variáveis das análises feitas pelo algômetro durante a utilização do front-plateau, havendo diminuição da sensibilidade dolorosa e aumento do LDP em todos os músculos analisados. Não houve qualquer alteração estatisticamente significativa na FMM no período de utilização do front plateau. Na eletromiografia foi encontrados valores significativos nos padrões posturais de lateralidade direita (LD) e lateralidade esquerda (LE) e mastigação de uva-passa (MU) entre os grupos. Podemos concluir que durante o período de uso do front-plateau houve elevação do LDP (reduzindo a sensibilidade à dor) sendo que após a interrupção do tratamento essa variável retornou às condições iniciais; Na EMG foi observado diminuição do estímulo elétrico para padrões posturais de LD, LE e MU. Porém a FMM não foi modificada durante a utilização do dispositivo. |