Missionários, fazendeiros e índios em roraima: a disputa pela terra - 1777 a 1980

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Guilherme Vieira, Jaci
Orientador(a): Maria Barros dos Santos, Ana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7322
Resumo: A questão central desse estudo reside em mostrar a ocupação das terras indígenas no atual estado de Roraima através da chamada pata do boi , desde a criação das Fazendas do Rei, no final do século XVIII, e instalação das inúmeras fazendas particulares por brancos, responsáveis por expulsar os índios para as cabeceiras dos rios e para as fronteiras da Venezuela e da República da Cooperativa da Guiana, ex-Guiana Inglesa. Expulsão atestada por diversos cronistas, religiosos, estudiosos, funcionários públicos do SPI ou FUNAI, ou de simples aventureiros que passaram pela região. Essa análise permitiu derrubar o mito da convivência pacífica entre índios e não-índios, tão difundida na região pelos mais variados grupos que não têm interesse em ver as terras indígenas demarcadas. Além da ocupação das áreas indígenas tivemos a preocupação de analisar as formas de resistência dos índios a tomadas de suas terras, e especialmente, a atuação da Igreja Católica e seu projeto de catequização entre as populações indígenas em dois momentos distintos: um deles idealizado pela Ordem de São Bento em 1909 e o outro, já sobre o manto da Teologia da Libertação, pelo Instituto da Consolata a partir da década 1970. O Objetivo foi identificar o tipo de projeto que os religiosos assumiram frente à questão da ocupação das terras indígenas na região. Por último, observamos o posicionamento de outros atores nesse processo, entre eles destacamos: políticos, empresários, garimpeiros, comerciantes, fazendeiros e os próprios dirigentes do Estado, que unem cada vez mais forças para impedir a demarcação das áreas indígenas, principalmente em áreas contínuas