A chegada das Meritíssimas: um estudo sobre as relações entre agência individual, ocupação feminina de um espaço de poder e mudança social.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14958 |
Resumo: | Colocando de maneira mais geral, esta tese tem como objetivo central pensar a questão da relevância da agência individual em processos de mudança social. Afunilando para uma dimensão mais específica, analisamos aqui como a agência individual feminina pode ser relevante na erradicação da desigualdade de gênero e, para tanto, analisamos no mundo empírico a relação entre a agência individual das juízas e o processo de feminização da magistratura. A hipótese é de que esse processo vem sendo vetorizado pelos cursos de ação individuais dessas mulheres e não por uma agência coletiva, como tende a ser o caso da maioria dos grandes processos sociais. Além disso, por mais que ele não tenha sido deliberadamente concebido para ser uma forma de erradicação da desigualdade de gênero, é interessante perceber como acaba tendo efetividade nesta função. Considerando e demonstrando como o Judiciário pode ser considerado um espaço de poder patriarcal e dividindo as magistradas nas categorias de pioneiras e contemporâneas, narramos suas falas e vivências no intuito de demonstrar como foi se formando a presença feminina na instituição e como ela vem provocando mudanças no que tange ao problema da desigualdade de gênero. Isto tanto numa perspectiva interna, de dentro da magistratura, quanto numa perspectiva externa, que envolve a sociedade brasileira como um todo. A pesquisa de campo foi feita nos estados de São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul, utilizando-se fundamentalmente de uma metodologia qualitativa e a base teórica que sustenta nossos argumentos pode ser encontrada nas Teorias Feministas e nas teorias sociológicas que trabalham a ideia de agência numa abordagem mais weberiana ou compreensiva. |