Investigação de polimorfismos em genes que podem estar relacionados ao desenvolvimento de úlcera de membros inferiores em pacientes com anemia falciforme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: FALCÃO, Diego Arruda
Orientador(a): BEZERRA, Marcos André Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12460
Resumo: A anemia falciforme (AF) é a anemia hemolítica mais comum no Brasil. É uma doença que se origina de uma mutação pontual e sua fisiopatologia é caracterizada pela polimerização da HbS, levando a formação de uma hemácia em forma de foice. Essa hemácia falcizada leva à hemólise e vaso-oclusão, que são responsáveis pelas principais manifestações clínicas da doença, como as úlceras de membros inferiores. As úlceras afetam consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes com AF, e apesar de não apresentarem uma causa muito bem definida, variantes polimórficas de alguns genes, podem influenciar no seu desenvolvimento. Objetivo: Esclarecer se fatores genéticos como os haplótipos βs, a talassemia α, e polimorfismos nos genes eNOS, Klotho,TEK, TGF-β e BMP6 estão relacionados com o desenvolvimento das úlceras de membros inferiores na anemia falciforme em nossa população de pacientes acompanhadas na Fundação HEMOPE. Metodologia: A amostra foi constituída de 100 pacientes casos e 175 pacientes controles. Utilizamos como critérios de inclusão para os casos: pacientes portadores de anemia falciforme (HbSS) não relacionados, acompanhados no Hospital de Hematologia da Fundação Hemope (HEMOPE), Recife – PE com histórico atual ou prévio de úlcera de membros inferiores. O grupo de controles foi constituído de portadores de anemia falciforme acima de 18 anos que nunca apresentaram úlceras. Análise molecular foi feita por PCR-RFLP, gap PCR e PCR em tempo real. Resultados: O polimorfismo do gene TGFβ3 mostrou diferença estatística(p=0,027) quando comparamos os dois grupos estudados, mostrando que a homozigoze para esse polimorfismo, pode aumentar o risco de desenvolvimento de úlceras de membros inferiores. Não houve diferença estatística entre os outros marcadores moleculares. Conclusões: De todos os marcadores genéticos em nosso estudo, apenas o polimorfismo do gene TGF β3 apresentou influência reprodutível como modulador genéticos para a prevalência de úlceras de membros inferiores em nossa população de pacientes com AF.