Padronização farmacognóstica, desenvolvimento e validação de metodologia analítica para determinação de taninos em Simarouba amara AUBL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ALVES, Iasmine Andreza Basilio dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11815
Resumo: Simarouba amara Aubl. (Simaroubaceae) é amplamente utilizada na medicina popular brasileira e de países tropicais para tratamento de malária, parasitas intestinais, diarreia, anemia, sífilis, dispepsia. Apesar de sua importância etnofarmacológica, de ter sido integrante da primeira e segunda edições da Farmacopeia Brasileira e de ser empregada na fitoterapia e homeopatia, poucos estudos acerca de seu controle de qualidade são encontrados na literatura. Nesse contexto, o presente estudo objetivou a realização de uma padronização farmacognóstica, nos âmbitos farmacobotânico, fitoquímico, e físico-químico além do desenvolvimento e validação de metodologia analítica para a determinação de taninos na droga vegetal. Segundo a caracterização farmacobotânica, a raiz apresenta parênquima cortical compacto e cilindro vascular anficrival, além de inclusões e abundantes cristais poliédricos em seu parênquima axial. O caule demonstrou a presença de células tabulares no súber, parênquima cortical com células pétreas, parênquima axial do tipo paratraqueal aliforme, com cristais, além de canais secretores, encontrados no xilema. A folha é hipoestomática, com estômatos anomocíticos e papilas. O mesofilo é dorsiventral, com parênquima lacunoso compreendido por células braciformes. A nervura central apresenta contorno biconvexo, epiderme uniestratificada e sistema vascular anficrival. A triagem fitoquímica revelou a presença de quassinoides, fenilpropanoglicosídeos, derivados cinâmicos, taninos, cumarinas, triterpenos, esteroides, mono e sesquiterpenos. Quanto ao estudo físico-químico, o teor de umidade foi 8,00 (±0,05) %; os teores de cinzas totais e insolúveis em ácido apresentaram valores de 0,98(±0,02) % e 0,54(±0,07) %, respectivamente. A análise granulométrica permitiu classificar o pó como grosso. Para a determinação de taninos, foi desenvolvido e validado um método espectrofotométrico baseado em quantificação a um comprimento de onda de 760 nm, após adição do reagente Folin-Ciocalteu. O estudo permitiu especificar as quantidades ótimas de material vegetal e reagentes e demonstrou que o método foi linear, específico, preciso, exato e robusto, destacando-se pela facilidade de execução e baixo custo, além de constituir uma ferramenta útil para o controle de qualidade de Simarouba amara. Diante disso, as descrições anatômicas, estabelecidas pelo estudo farmacobotânico, os valores determinados pelos ensaios físico-químicos, as classes de metabólitos visualizadas na caracterização fitoquímica e a metodologia espectrofotométrica desenvolvida para a determinação de taninos em Simarouba amara constituem parâmetros para o controle de qualidade desta matéria-prima vegetal, fornecendo subsídios para a garantia da autenticidade da espécie, homogeneidade de seus constituintes e eficiência de procedimentos que abrangem desde a coleta, secagem até a pulverização do vegetal.