Diversidade de Agaricomycetes lignocelulolíticos (Basidiomycota) em áreas do Sertão de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: LIRA, Carla Rejane Sousa de
Orientador(a): GIBERTONI, Tatiana Baptista
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17222
Resumo: Os representantes da classe Agaricomycetes (filo Basidiomycota) são caracterizados por desenvolverem basidiomas onde produzem basídios e basidiosporos. Grande parte dos representantes deste grupo degrada componentes da madeira, sendo assim chamados de lignolíticos ou lignocelulolíticos, mas também agem como parasitas obrigatórios ou facultativos e como simbiontes. Para ampliar o conhecimento sobre a diversidade taxonômica e ecológica desse grupo de fungos do sertão de Pernambuco, foram realizadas seis coletas em duas áreas em estágio severo e moderado de desertificação em Cabrobó [Barro Branco (CBB) e Fazenda Mosquito (CFM), respectivamente] e um brejo de altitude em Triunfo [Sítio Carro Quebrado (SCQ)], totalizando 18 expedições. Para avaliar a diversidade e as relações desse grupo de fungos com os hospedeiros nas áreas de estudo, foram utilizados testes de χ2 e ANOSIM. No presente tudo, foram coletados 256 espécimes correspondendo a 47 espécies de Agaricomycetes lignocelulolíticos (12 em CBB, 19 em CFM e 41 em SCQ). Dentre estas espécies, há 31 novos registros para o estado de Pernambuco, região Nordeste, Caatinga de Pernambuco, bioma Caatinga, Brasil e América do Sul. Após 18 visitas a campo, as curvas cumulativas de espécies não se estabilizaram, indicando que mais coletas são necessárias. De acordo com a ANOSIM, há diferença significativa na composição de espécies entre as duas áreas de caatinga e brejo de altitude, assim como para abundância de acordo com o teste de χ2, sendo coletado um maior número de espécimes em SCQ. Entretanto, de acordo com este teste, não há diferença na riqueza entre as áreas. Não há diferença também na composição e na riqueza de espécies entre os períodos de coleta (sazonalidade), de acordo com a ANOSIM e com o teste de χ2, respectivamente. Já a abundância de espécies nessas áreas foi diferente quando utilizado o teste de χ2, sendo coletados mais espécimes na estação seca. A tendência em ocorrer em substratos mortos foi observada para Agaricomycetes lignocelulolíticos em todas as áreas de estudo. Entretanto, em áreas de caatinga sob processos de desertificação, os táxons de Hymenochaetales tendem a acompanhar a disponibilidade de substrato, ocorrendo preferencialmente em árvores vivas. Phellinus rimosus foi recorrente em Caesalpinia pyramidalis em CBB e específico no mesmo hospedeiro em CFM.