Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Elisandro Ricardo dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/735
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Resumo: |
A região semi-árida do Brasil, que compreende parte de nove Estados do nordeste, é caracterizada pelo clima quente e seco e um curto período de chuvas (até 1000 mm/ano). A área é dominada por um complexo vegetacional, a Caatinga (floresta tropical sazonalmente seca), que revela várias paisagens compondo o bioma. De modo geral, é caracterizada pela vegetação xerófila de médio a baixo porte, tropófila, semi a caducifólia e espinhosa ou não, onde predominam leguminosas e cactáceas, com bromeliáceas que se destacam na paisagem. Incluindo o trabalho de Pe. Camille Torrend, que foi o primeiro a coletar e estudar os Agaricomycetes lignolíticos, na década de 30, apenas 37 espécies foram referidas para o semi-árido. Com o intuito de contribuir para o conhecimento da diversidade taxonômica e ecologia dos Aphyllophorales no semi-árido brasileiro, a partir de 2006 foram realizadas mais de 20 expedições de campo bem como a revisão taxonômica de materiais de Herbários (ALCB, CEPEC, HUEFS, HUVA, IPA, O e URM) provenientes dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. As coletas foram mais intensas e realizadas de forma estratégica no estado de Pernambuco, mais especificamente no Parque Nacional do Catimbau e em Estações Experimentais do IPA (Araripina, Serra Talhada e Caruaru), com o objetivo de coletar não apenas material, mas também informações ecológicas a respeito dos táxons encontrados. Entre coletas e revisões de herbários foram analisados mais de 1000 espécimes, correspondentes a 130 espécies de 14 famílias, distribuídas em sete ordens (Agaricales, Auriculariales, Gloeophyllales, Hymenochaetales, Polyporales, Russulales e Trechisporales). Dichomitus brunneus, D. ochraceus, Lentinus amburanus, Phellinus caatinguensis e Wrightoporia stipitata são descritas como espécies novas. Gloeophyllum carbonarium e Lentinus fasciatus são novos registros para os Neotrópicos. Oito espécies são novos registros para o Brasil e outras 14 para o Nordeste. Das 130 espécies, sete (5.4%) são consideradas causadoras de podridão castanha. As Hymenochaetaceae, de modo geral, apresentaram altos níveis de especialização em plantas nativas da Caatinga no Parque Nacional do Catimbau, das quais Phellinus piptadeniae é considerada um parasita-facultativo frequente ou predominante em Piptadeniae sp. (hostrecurrence) e P. rimosus é um parasita-facultativo restrito a Caesalpinia sp. (host-specificity). Phellinus piptadeniae é uma espécie bem delimitada pela morfologia, ecologia e molecularmente, enquanto P. rimosus representa um complexo taxonômico com mais de uma espécie. Os resultados demonstraram que a Caatinga apresenta uma diversidade que pode ainda revelar outras novidades científicas e estes resultados podem ser utilizados em planos para conservação do bioma |