É tu nada, estrela: Revista Caras e o consumo da felicidade nos salões de beleza da periferia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Moraes, Fabiana
Orientador(a): Eduarda da Mota Rocha, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9599
Resumo: Nesta pesquisa, mulheres entrevistadas em salões de beleza localizados em bairros populares recifenses mostram, através da leitura de Caras, mais vendido semanário voltado para celebridades do País (com quase metade de leitores localizados pelo o que o mercado denomina de classes C e D), como as naturalizações/normatizações observadas na publicação se configuram em seus cotidianos. São relatos também enriquecidos por conversas coletivas onde é possível perceber, apesar das críticas aos modelos vendidos como normas de existência, como estes indivíduos públicos conseguem demarcar um espaço onde quem olha é, claramente, aquele que pode apenas sonhar com o que se entende hoje como vida boa ou vivê-la através de um consumo marginal de bens e experiências . É uma análise que procura contribuir para a construção de uma Sociologia da Celebridade no País, entendendo os famosos como indivíduos que trazem para a cultura pressupostos valorizados pelo capitalismo. Também os identificamos como uma parcela da elite nacional que surge empoderada por um disputado capital, o da visibilidade. É a frequência no que chamo de Grande Sistema de Aparição, ou contextos de alta visibilidade, que distingue, seleciona e hierarquiza indivíduos e grupos hoje impelidos a celebrificar a própria vida