Os selvagens da ópera: José de Alencar e Carlos Gomes, a criação literária e musical no romantismo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: RODRIGUES, Ingrid Fernanda
Orientador(a): FERREIRA, Ermelinda Maria Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27674
Resumo: O Romantismo brasileiro foi uma era de reconhecimento da identidade nacional e a libertação criativa de vários artistas brasileiros. Na literatura, José de Alencar e seu índio Peri, anunciavam ao mundo um selvagem brasileiro com a bravura de qualquer homem branco civilizado. Na música, o mesmo Pery, representado na ópera de Carlos Gomes tornou-se símbolo da “selvageria” e talento musical do Brasil. Essa “Selvageria” aqui representada não está ligada ao primitivo ou ao incivilizado, nos referimos a busca do homem romântico brasileiro as suas próprias raízes, a exclusão do racionalismo copista, em virtude da espontaneidade dos afetos que libertam o que há de mais verdadeiro no homem. Trazemos também análise do libreto da ópera genuinamente Brasileiro, Noite de São João, que sintetiza figuras do nosso folclore e tem a leveza do amor romântico puro e inocente. Utilizando o romance O Selvagem da ópera, de Rubem Fonseca como roteiro, traçamos um paralelo criativo entre música e literatura como artes irmãs na criação da ópera Il Guarany. E um paralelo entre o próprio Peri/Pery um com a liberdade de criação literária e o outro com a responsabilidade dos palcos ao redor do mundo. Reacendendo o mito do “selvagem brasileiro”, com exemplo na literatura modernista do insurgente Macunaíma, este trabalho é um estudo sobre a identidade nacional durante o romantismo, a recusa da cópia, a liberdade criativa e a formação do caráter do povo brasileiro através da literatura e da ópera como gênero híbrido e transcendental.