Análise comparativa do mesozooplâncton e das partículas em suspensão em dois ambientes costeiros, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Nathália Lins
Orientador(a): SCHWAMBORN, Ralf
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18332
Resumo: Material particulado em suspensão (séston) em ecossistemas aquáticos contém dois compartimentos: organismos (plâncton) e partículas. Conhecimento sobre a contribuição das partículas para o séston é essencial para a compreensão da dinâmica de fluxos tróficos em ecossistemas marinhos. Este estudo tem como objetivo medir a biomassa sestônica úmida total e avaliar as contribuições relativas do mesozooplâncton e das partículas em suspensão em amostras de plâncton. As amostras foram obtidas no estuário do Rio Formoso e na Baía de Tamandaré (Pernambuco, Brasil). Arrastos subsuperficiais horizontais foram realizados durante dois anos (junho / 2013 a maio / 2015) em intervalos bimestrais com redes de plâncton (malhas: 200 e 300 µm) durante as estações seca e chuvosa. Um total de 155 amostras foram analisadas para estimar a biomassa sestônica úmida total e posterior identificação e estimativa de densidade e volume do zooplâncton e das partículas usando o equipamento ZooScan. Foram detectados, identificados, quantificados e medidos 26 grupos taxonômicos do zooplâncton. Dentre estes os grupos mais abundantes foram Copepoda (Calanoida e Cyclopoida), zoeas de Brachyura, outros decápodes, apendiculárias e náuplios de crustáceos. Foram detectadas 15 categorias de partículas, entre elas, as partículas opacas, transparentes e escuras, fibras vegetais, e exúvias de copépodos foram as mais abundantes. O ambiente estuarino apresentou os maiores valores de biomassa sestônica úmida, densidade e volume, e, também apresentou as maiores concentrações de partículas e contribuições relativas em termos de volume (72% e 59% do volume, para as malhas de 200 e 300 micrômetros, respectivamente). No entanto, o ambiente marinho também mostrou concentrações e volumes de partículas muito elevadas (32% e 44% do volume, para as malhas de 200 e 300 micrômetros, respectivamente). Zooplâncton e partículas mostraram maiores densidades durante o período seco. A comparação entre os volumes totais obtidos com medidas semi-automáticas de imagens digitalizadas e a biomassa sestônica úmida revelou uma relação linear significativa (R² = 0,73; p <0,0001). Este estudo confirma a importância de mesopartículas (maiores do que 200 micrômetros) na estrutura do séston em áreas costeiras tropicais.