Comparação entre o índice de resistência e a arteriografia na avaliação pré-operatória da isquemia crítica dos membros inferiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BURIL, Gabriela de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46611
Resumo: As obstruções do leito distal (perna e pé) das artérias de desague dos membros inferiores (MMII) podem ser responsáveis pela redução da perviedade de angioplastias e enxertos em ponte. O leito distal pode ser de difícil avaliação, seja por ultrassonografia Doppler (UD), seja por arteriografia com subtração digital (ASD). Adicionalmente, a UD não possui acuidade para avaliar todas as artérias que compõem o arco plantar (AP), porém, mais recentemente, alguns autores, de forma incipiente, têm defendido o uso do Índice de Resistência (IR) como um instrumento útil para o estudo destes vasos. Comparar o IR das artérias distais (receptoras de revascularização) dos MMII, com a ASD em pacientes com isquemia crítica (IC). O estudo transversal incluiu 120 pacientes portadores de IC dos MMII, internados para realização cirurgia de revascularização no Serviço de Cirurgia Vascular do HC/EBSERH – UFPE. A coleta de dados foi prospectiva entre setembro de 2019 a abril de 2022. A UD e a ASD foram realizados em todos os pacientes. O IR obtido por UD das artérias distais dos MMII possíveis de serem receptoras de revascularização foi comparado com as imagens obtidas pela ASD, classificadas de acordo com Rutherford. Os valores do IR encontrados para as artérias de perna: tibial anterior (TA), tibial posterior (TP) e fibular (FIB) apresentaram uma correlação positiva, estatisticamente significativa, quando correlacionados à Classificação angiográfica de Rutherford (tibial anterior p < 0,01; tibial posterior p = 0,012; FIB p = 0,034) e para a artéria dorsal do pé (p <0,01). Foi comparado também o IR das artérias distais à imagem angiográfica do AP. Os valores médios de IR encontrados foram: TA (média de IR de 0,48 para AP completo e de IR de 0,64 para AP incompleto; p = 0,018), FIB (média de IR 0,47 para AP completo e de IR de 0,70 para AP incompleto; p = 0,047) e DP (média de IR de 0,42 para AP completo e de IR de 0,63 para AP incompleto; p = 0,008). Não houve diferença estatística para a TP. Neste estudo, foi encontrado que o IR coletado pela UD, quando comparado à ASD, é adequado para o estudo das artérias do leito distal após obstrução, nos MMII para avaliação pré-operatória da cirurgia de revascularização em pacientes com IC. Os índices de resistência, quando comparados aos tipos de arco plantar, conseguiram identificar se o arco é completo 7 ou incompleto, como visto pela arteriografia com subtração digital. Mesmo sem a visualização direta dos pequenos vasos profundos do pé. Adicionalmente, o índice de resistência é relativamente simples de se realizar, não-invasivo, seguro e mais barato, quando comparado à angiografia com subtração digital.