Trombectomia percutânea ou trombólise acelerada por ultrassom como tratamento inicial para isquemia aguda de membro: revisão sistemática Cochrane

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araujo, Samuel Tomaz [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65396
Resumo: Introdução: Isquemia de membro aguda (IMA) é uma emergência vascular e tem incidência estimada de 14 por 100.000. O tratamento intervencionista inicial padrão consiste em cirurgia aberta e Trombólise Direcionada por Cateter (TDC). Trombólise Acelerada por Ultrassom (TAU) e Trombectomia Percutânea (TP) têm sido realizadas como técnicas alternativas e propõem-se a reduzir tempo até a revascularização, dose e tempo de infusão de fibrinolíticos, mas os benefícios ainda são incertos. Nesta revisão, comparamos TP ou TAU com tratamento padrão para IMA objetivando avaliar segurança e efetividade. Objetivos: Avaliar segurança e efetividade de TP e TAU no manejo inicial de IMA. Métodos de pesquisa: Os especialistas em informação vascular da Cochrane pesquisaram no Registro Especializado através do CRS-Web, CENTRAL, MEDLINE, Embase, CINAHL, plataforma internacional de registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ClinicalTrials.gov em 03 de março de 2021. Autores pesquisaram listas de referência de estudos relevantes. Critérios de seleção: Foram incluídos ensaios clínicos randomizados (ECR) ou quasi-randomizados que compararam TP ou TAU com cirurgia aberta, TDC isolada, ausência de tratamento ou outra modalidade de TP ou TAU para o tratamento de IMA. Coleta e análise de dados: Dois autores selecionaram independentemente os estudos, avaliaram risco de viés, extraíram e analisaram dados e graduaram a certeza da evidência (GRADE). Resultados principais: Foi incluído um ECR com 60 participantes, que comparou TAU com o tratamento padrão (TDC). Foram randomizados 32 participantes no grupo TDC e 28 no grupo TAU. O estudo demonstrou não haver diferença entre TAU e TDC isolada para os desfechos analisados (taxa de amputação (RR 1.14, IC 95% 0.17 a 7.59), sangramento maior (RR 1.71, IC 95% 0.31 a 9.53), sucesso clínico (RR 1.00, IC 95% CI 0.94 a 1.07e eventos adversos (RR 5.69, IC 95% 0.28 a 113.72)). Classificamos a certeza da evidência como muito baixa para esses desfechos. Rebaixamos a certeza da evidência para taxa de amputação, sangramento maior, sucesso clínico e eventos adversos em dois níveis devido a sérias limitações no desenho do estudo (alto risco de viés em domínios críticos) e em outros dois níveis devido a imprecisão (pequeno número de participantes e somente um estudo incluído). Outros desfechos de interesse (patência primária e secundária) não foram relatados separadamente (foi avaliada somente patência em 30 dias). Nós não identificamos estudos comparando as outras intervenções planejadas. Conclusão dos autores: Observamos evidências com muito baixo nível de certeza para avaliar segurança e efetividade de TAU em comparação com TDC isolada no manejo inicial de IMA para os desfechos estudados. As limitações desta revisão sistemática foram somente um estudo incluído, pequeno tamanho de amostra, período de seguimento curto e alto risco de viés em domínios críticos. Por essa razão, a aplicabilidade dos resultados é limitada. Estudos de alta qualidade são necessários para permitir uma comparação entre TP ou TAU e cirurgia aberta, TDC isolada, ausência de tratamento ou outras modalidades de TP com relação aos desfechos avaliados.