Associação da atividade física com o estresse ocupacional e a síndrome de burnout em profissionais da segurança pública : uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: FREIRE, Juan Carlos
Orientador(a): HARDMAN, Carla Menêses
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Fisica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51887
Resumo: Os profissionais de segurança pública são aqueles que lidam com a segurança de outras pessoas, e pelo fato de ser uma profissão que apresenta um risco de vida muito alto, eles são mais propensos ao comprometimento físico e mental, devido a essas condições e o ambiente de trabalho, uma forma de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas é por meio de intervenções que previnam e que possibilite uma redução no quadro de estresse físico e mental. Estudos relatam que a atividade física tem sido apontada como um recurso eficaz para a prevenção ou diminuição de fatores que possam levar o indivíduo a ter estresse ocupacional e a síndrome de burnout. Diante disso, o objetivo desta revisão sistemática (RS) foi sintetizar os achados acerca da associação da atividade física com o estresse ocupacional e/ou síndrome de burnout de profissionais de segurança pública. Os estudos observacionais que identificaram a associação da atividade física com o estresse ocupacional e a síndrome de burnout foram incluídos na revisão sistemática. Cinco bases de dados eletrônicas foram pesquisadas (Scopus, Web of Science, PubMed, SciELO e LILACS) até julho de 2022. Os critérios de elegibilidade seguiram a estratégia PICOS. Para avaliação da qualidade dos estudos foi utilizado o The Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). As divergências durante a avaliação foram resolvidas consensualmente por um terceiro revisor. Somente cinco estudos transversais preencheram os critérios de elegibilidade. Sobre a população, o número de participantes variou entre 30 e 506 profissionais de segurança pública (policiais, militares e bombeiros). Foi possível observar que policiais com baixo nível de atividade física têm maior chance de desenvolver a síndrome de burnout (OR = 2,49; IC95% 1,42-4,43), aumento de escores da dimensão eficiência profissional (Exp(β) 0,92; 0,70-1,03; p=0,036). E quanto à associação da atividade física com o estresse ocupacional, maior parte dos estudos pontuam que quanto maior o nível de atividade física, menor são os escores de estresse. Os resultados desta revisão sugerem que a atividade física tem associação com a síndrome de burnout e/ou estresse ocupacional em profissionais de segurança pública, entretanto necessita-se cautela para interpretação das informações.