O deserto dos tártaros : espera e busca existencial na obra de Dino Buzzati
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40366 |
Resumo: | A presente dissertação investiga o modo como os aspectos da memória, da identidade, da alegoria e da corrente filosófica do Existencialismo se instauram na obra O deserto dos tártaros, de Dino Buzzati, e na construção do protagonista Giovanni Drogo; reflete sobre a recepção crítica da obra e do autor em território italiano e brasileiro; averigua, a partir da estética surrealista, até que medida esse movimento é trabalhado no romance mencionado e no que corresponde ao processo de criação literária de Dino Buzzati; analisa oito obras pictóricas confeccionadas por ele, levando em consideração as discussões propiciadas pelo imaginário surrealista; e, por fim, demonstra as aproximações e os ligamentos de Dino Buzzati com outros pintores de renome mundial. Para tanto, a orientação teórica que guiará nosso estudo conta com os trabalhos, dentre outros, de Mascena (2017), Nora (1993), Candau (2016) e Bernd (2013) no que diz respeito aos processos de memória e de identidade; Souki (2006), Ceia (2000), Kothe (1986) e Hansen (1986) em relação à alegoria; Sartre (1986), Lisboa (2016) e Guareschi e Roso (2014) no que corresponde a corrente filosófica do Existencialismo, e aos trabalhos de Breton (1924), Pinto (2007) e Barros e Vitoriano (2019) quando discutimos o imaginário surrealista. Sinteticamente, atesta-se que Buzzati criou Drogo por meio das fragmentações (memorialísticas e identitárias) e de suas limitações, e de que a personagem quer se enquadrar em um mundo novo, muito distinto do seu, e só faz isso às custas de uma forma de existência “inautêntica” (SARTRE, 1986; GADAMER, 1986; HEIDEGGER, 1992), que é a da formalidade militar, por um lado, e o do utopismo idealista longe de qualquer concretude, por outro. |