A tradução na perspectiva dialógica: a re-enunciação da teoria de Austin em português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Heber de Oliveira Costa e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30686
Resumo: Este estudo tem como objetivo investigar os fenômenos encontrados na tradução de How to do things with words (1962), de J. L. Austin, para o português brasileiro, feita por Danilo Marcondes, lançada sob o título Quando dizer é fazer – palavras e ação (1990). O foco são as relações dialógicas que se dão na tradução epistêmica, especialmente nos processos de nominação. Na primeira parte, discutimos visões tradicionais da relação entre tradução e ciência e o cientificismo enquanto visão de mundo e abordagem da tradução. O aparato teórico adotado neste trabalho é a visão dialógica da linguagem, tal como proposta por Valentin Volóchinov e Mikhail Bakhtin; bem como a noção de tradução como re-enunciação apresentada por Brian Mossop (1983, 1987, 1998) e Barbara Folkart (1991). Também estão na base as noções dialógicas de ponto de vista (Dóris Cunha, 2015; Frédéric François, 2015) e nominação (Paul Siblot, 1998, 2001, 2004; Sophie Moirand, 2004, 2011) para analisar os dados. A metodologia adotada foi uma comparação entre texto-fonte e texto-alvo tendo como diretriz o método comparativo diferencial, tal como proposto por Ute Heidmann (2010, 2011). Em relação aos paratextos da obra, escritos pelo tradutor, foi feita uma análise dialógica do discurso. As análises mostram que o processo tradutório é multilateral, envolvendo diversas relações dialógicas (e não apenas a relação texto-fonte/texto-alvo), e que na tradução, em especial nos processos de nominação, é possível entrever um ou mais pontos de vista daquele que re-enuncia.