Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Sandra Carolina Farias de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8172
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Resumo: |
Essa pesquisa descreve a representação que os idosos da zona rural e urbana do interior do Estado de Pernambuco têm sobre a morte e quais as implicações dessa representação em suas vidas. Considera-se idoso o indivíduo com 60 anos ou mais, em consonância com a Política Nacional dos Idosos PNI. A Teoria das Representações Sociais (TRS) foi utilizada como aparato teóricometodológico para análise e discussão dos dados. A justificativa para se estudar o significado da morte e da velhice está no fato de os dois temas serem considerados tabus, dentro da nossa sociedade, e por isso silenciados. O fato de se realizar a coleta em uma cidade do interior do Estado explica-se pela pouca visibilidade dessa região em pesquisas acadêmicas na área de Psicologia. Além disso, supõe-se que os valores e religiosidade do povo do interior, diferentes daqueles do homem urbano, repercutem em suas concepções sobre a morte. Para a presente pesquisa foram selecionados 100 idosos de ambos os gêneros, da cidade de Carnaíba, uma cidade em que a pesquisadora contava com apoio institucional para realizar o trabalho. A coleta de dados foi feita por meio de uma entrevista semi-estruturada, em que constavam questões relacionadas ao contexto de vida dos sujeitos e indagações referentes à morte. Os dados foram analisados com o auxílio do software ALCESTE que realiza uma análise do corpus da entrevista, fornecendo resultados que favorecem tanto uma análise qualitativa, quanto quantitativa. Com esta análise obtiveram-se cinco classes, divididas em dois eixos. No primeiro eixo encontrou-se a categoria que se refere ao contexto de vida e atividades diárias dos indivíduos. O segundo eixo foi subdividido em três categorias: problemas de saúde/ tratamento; morte (conceito); e morte (seus atributos/ sentimentos). Foi possível verificar que falar da morte causa desconforto entre os indivíduos pesquisados, além de ser associada a sentimentos de caráter pejorativo, como: traiçoeira. Convém ressaltar que os homens (23) apesar do número reduzido com relação às mulheres (77) se destacaram como sujeitos predominantes da classe que fala da morte (seus atributos/ sentimentos); enquanto que as mulheres foram sujeitos típicos da classe que retratou as atividades diárias. A grande maioria dos idosos apontou que são eles que mais adoecem e mais morrem, associando a velhice à morte. Com esses resultados abre-se um leque de interpretações a respeito de como os idosos vivenciam a morte, sendo ela atrelada à velhice e carregada de sentidos pejorativos |