Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
RIBEIRO, Aurelyanna Christine Bezerra |
Orientador(a): |
SANTOS, Lília Pereira de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18860
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Resumo: |
O alimento vivo é um fator fundamental para o desenvolvimento larval de crustáceos decápodes. Copépodos se destacam como alimento vivo para larvas carnívoras devido ao seu excelente valor nutricional, alta digestibilidade e tamanho adequado. Porém, o uso destes organismos em larviculturas ainda depende do aprimoramento das técnicas de cultivo. O presente trabalho foi dividido em três capítulos. O objetivo dos capítulos 1 e 2 foi aprimorar a técnica de cultivo do copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis e testar novas dietas. O cultivo dos copépodos foi realizado em volume de 15L em bandejas plásticas de 0,37m2 adaptadas com drenos para facilitar a troca de água e coleta da prole. No Capítulo 1 foram testadas as rações Alcon Basic® Dieta Controle (RC), ração experimental para peixes Op0 (RE), ração comercial para peixes Nutripeixe AL55® (RP) e ração comercial para camarão marinho Camaronina CR1® (RCM). Apesar da boa aceitabilidade de todas as rações, diferiram de RC a ração RE, apresentando valores inferiores de produção de prole do início dos experimentos até o primeiro pico de produção e a ração RCM, que apresentou resultados inferiores na fase de estabilização da população total e no pico de produção de prole. A produção diária por caixa de cultivo foi de 9.000 ind. L-1 ou 364.864 ind m2 . No Capítulo 2 a dieta controle (RC) foi comparada a dieta teste (RT) ração comercial para peixes marinhos, NRD 5/8, INVE. Durante o período experimental, a produção de prole obtida com a RT não diferiu da produção obtida com a RC, sendo em média 7.400 ind. L-1 . dia -1 ou 300.000 ind. m2 . No Capítulo 3 foi avaliado o desempenho da prole de T. biminiensis como substituta dos náuplios recém-nascidos de Artemia, na alimentação das pós- larvas (PL1 a PL10) do camarão marinho Litopenaeus vannamei. Três tratamentos foram testados: T1 – Controle Artemia, T2 – Mix: Artemia + T. biminiensis e T3 – T. biminiensis. A sobrevivência no T1 foi significativamente maior em comparação com as demais (T1 100% > T2 52% = T3 51%). O comprimento larval foi significativamente maior no tratamento T2 (T2 7.9 mm > T1 7.1 mm = T3 6.8 mm) e não houve diferenças no peso seco. As adaptações realizadas nos sistemas de cultivo reduziram o esforço de coleta e a boa aceitação de T. biminiensis aos diversos tipos de ração reduziram os custos de produção. A quantidade produzida ainda é baixa, mas pode satisfazer a necessidade de setores como a aquicultura ornamental. Os bons resultados alcançados em termos de crescimento e peso no T2 indicam que a combinação de alimentos melhora a qualidade das pós-larvas. A menor sobrevivência das pós-larvas de L. vannamei nos tratamentos T2 e T3 podem estar relacionada a predação, pelos copépodos, de pós-larvas debilitadas. A presença de bactérias patogênicas provindas dos cultivos de copépodos deve ser investigada no futuro. Os resultados indicam que na ausência ou restrição de cistos de Artemia no mercado o cultivo de copépodos poderia vir a representar uma alternativa para as larviculturas desta espécie. |