Avaliação toxicológica da água e utilização de diferentes métodos na avaliação toxicológica de sedimentos do complexo estuarino de Suape, PE, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Jorge Vale de Araujo, Rodolfo
Orientador(a): Pereira De Souza Santos, Lilia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8516
Resumo: No Complexo Estuarino de Suape PE está instalado o Complexo Porto-Industrial de Suape, implantado na região entre os anos de 1979 e 1980. Sua construção provocou profundas alterações nas condições geomorfológicas e hidrológicas da área. O objetivo principal do presente estudo foi avaliar se as águas superficiais do Complexo Estuarino de Suape PE apresentam sinais de poluição por substâncias tóxicas e realizar uma avaliação toxicológica do sedimento utilizando as metodologias da fase sólida, do elutriato e da interface sedimento/água. Em um primeiro momento, foi utilizado o método de análise da toxicidade com o desenvolvimento embriolarval do ouriço-do-mar Lytechinus variegatus. Seis pontos de coleta foram estabelecidos entre os estuários dos rios Massangana e Tatuoca. As amostras de água superficial do local foram coletadas nos meses de maio, agosto, outubro e dezembro de 2007. A análise das amostras evidenciou que a toxicidade entre os seis pontos examinados variou de acordo com o mês e o regime das marés, sendo maior no mês de outubro, quando a toxicidade nos seis pontos foi significativa. Os efeitos tóxicos encontrados provavelmente foram originados por influência das águas do rio Massangana. Em um segundo momento, o presente estudo avaliou as respostas obtidas para o desenvolvimento embriolarval de L. variegatus e para a sobrevivência e fecundidade do Copepoda Tisbe biminiensis, nas metodologias da fase sólida (sedimento integral), do elutriato e da interface sedimento-água. O sedimento controle foi coletado no estuário do rio Maracaípe (Ipojuca PE) e o sedimento teste foi coletado no estuário do rio Massangana (Suape PE), nos meses de outubro e dezembro de 2007. Os testes utilizando o desenvolvimento embriolarval de L. variegatus, não puderam ser validados, pois o percentual de indivíduos em estágio de larva pluteus, no controle, foi abaixo do exigido pelas normas técnicas consultadas. Os testes revelaram que nenhuma das metodologias utilizadas evidenciou efeito letal na sobrevivência de T. biminiensis, e apenas a metodologia da fase sólida evidenciou efeitos subletais na fecundidade e no número de copepoditos na prole. As metodologias do elutriato e da interface sedimento-água não evidenciaram qualquer efeito tóxico do sedimento testado (seja agudo ou crônico) em T. biminiensis, porém, existiram diferenças significativas nas médias entre as metodologias. Os resultados do presente estudo sugerem que substâncias tóxicas estejam ligadas às partículas finas do sedimento (fração sólida < 63&#61549;m) e que substâncias tóxicas, tais como a amônia não-ionizada, podem ser disponibilizadas à água sobrejacente