A arte não exclui. Só inclui : a relação do público com a arte contemporânea na 29ª Bienal de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Olivia Medeiros Mindêlo, Maria
Orientador(a): Marcondes Ferreira Soares, Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9560
Resumo: Há diferentes possibilidades para se investigar a fruição da arte. Apresentando-se como resultado de uma pesquisa de mestrado, este trabalho se propõe a analisar empiricamente a relação do público com a arte contemporânea sob o viés sociológico, procurando compreender os fatores que tendem a influenciar nessa relação. Nesse sentido, entende público como uma coletividade configurada em um dado contexto social, estando sujeita às hierarquias e às disputas que regem a lógica de funcionamento do campo artístico, bem como aos processos desiguais de formação do olhar. Compreende arte contemporânea como o termo que se impõe nas artes visuais, a partir do século XX, na condição de paradigma antagônico ao modelo de arte consagrado pela modernidade. E entende ainda relação como o diálogo mediado pela noção de gosto, aqui tomada como uma questão social. Sem deixar de considerar outras contribuições, o estudo lança mão do legado de Pierre Bourdieu como sua principal referência teórico-metodológica, valendo-se de conceitos-chave do autor (habitus, capital cultural, gosto e campo). Eles orientaram a pesquisa de campo com visitantes espontâneos da 29ª Bienal de São Paulo realizada entre 25 de setembro e 12 de dezembro de 2010 , assim como a análise dos dados quantitativos e qualitativos que norteia o presente trabalho. As informações foram coletadas por meio da aplicação de questionários (método survey) e de registros feitos através da técnica da observação. O estudo tornou possível a percepção de que a despeito do discurso da arte contemporânea, capaz de defender o livre acesso às obras para além da ideia de deleite, distanciamento e contemplação estética, o gosto continua sendo um intermédio válido para se pensar não apenas os significados atribuídos à arte, mas ainda os mecanismos de exclusão também atrelados à relação com essa produção contemporânea