Queixas clínicas e achados de imagem nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Nascimento dos Santos, Iraneide
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8064
Resumo: Este estudo tem o intuito de caracterizar as queixas clínicas e os achados de imagem nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). O estudo foi descritivo, exploratório e transversal, realizado no período de março a setembro de 2009, no Centro de Referência à Saúde do Trabalhador do Cabo de Santo Agostinho, com uma amostra composta de 60 sujeitos. Para coleta dos dados foi realizada uma entrevista, que utilizou um questionário e um roteiro para análise dos exames. Para autorização desta pesquisa, inicialmente foi pedida a autorização ao coordenador administrativo do CEREST e do comitê de ética em pesquisa com humanos da Universidade Federal de Pernambuco. As variáveis foram distribuídas em freqüências absolutas e relativas (%), gráficos e tabelas. A amostra foi em sua maioria masculina (66,7%), com idade entre 23 e 59 anos, a profissão mais acometida foi o operador de máquina (18,3%), as queixas mais relatadas foram de dor (100%) e falta de força (93,3%). Os locais com prevalência da sintomatologia foram o ombro D (26%) e a coluna lombar (22%), não havendo diferença percentual significativa entre as pessoas quanto ao Índice de Massa Corpórea. Os diagnósticos mais prevalentes foram as tendinopatias nos ombros (39,1%) e os transtornos nos discos vertebrais (28,1%). Os exames mais utilizados para auxiliar no diagnóstico foram as ultrassonografias (38%) e ressonâncias (36,5%). O destro sofreu maiores alterações no ombro D (26.5%) e o sinistro na região lombar (37,5%). Para a maioria dos entrevistados o trabalho não tem pausas (45,8 %), faz horas extras (68,3%), gestos repetitivos (86,6%), exigência de rapidez (40%) e tarefa monótona (68,3%). Sobre a posição do corpo durante as atividades, a posição bípede (66,6%), a realização de torções (58,3%) e deslocamentos (61,7%) mostraram-se como contributivos para DORT. Tendo em vista a vulnerabilidade dos trabalhadores industriais à DORT, finaliza-se ressaltando a importância de se investir em ações de promoção à saúde e reforçar as medidas de proteção à saúde, com a adequação do ambiente às características biomecânicas individuais, como também inserir as pausas entre as atividades e redução das horas-extras. É importante que os profissionais de saúde tenham um olhar diferente para os distúrbios, conhecendo melhor os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e utilizando a análise dos exames como valioso aliado no diagnóstico clínico