Queixas osteomusculares, fatores de riscos psicossociais e organizacionais que afetam a saúde dos profissionais de enfermagem da central de materiais e esterilização de um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Marilande Carvalho de Andrade
Orientador(a): MARÇAL, Márcio Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ergonomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32141
Resumo: As características do trabalho que as instituições hospitalares oferecem, são marcadas por uma série de fatores de riscos e estressores. O sistema organizacional no trabalho quando é inadequado pode ser identificado pelo número insuficiente de profissionais de enfermagem para desenvolver suas atividades, pelas atividades repetitivas e monótonas sem a devida pausa, pela extensa jornada de trabalho, pelo máximo tempo de trabalho na Instituição, pelo espaço físico inadequado e pelo déficit de materiais e, produzindo distúrbios psicológicos e fisiológicos relacionados à forma de organização do trabalho. A ergonomia visa uma completa integração entre as condições de trabalho e os trabalhadores, englobando conhecimentos científicos relacionados aos seres humanos e ao seu trabalho, com objetivo de identificar situações desfavoráveis à realização das atividades laborais, com finalidade de reduzir os fatores de riscos e estressores que favorecem o aparecimento de queixas osteomusculares nos trabalhadores, sem prejuízo do desempenho profissional, tendo em vista que os profissionais de enfermagem da Central de Materiais e Esterilização (CME) passam por situações de impotência e desconforto significativo, enfrentando dificuldades para realizar suas atividades adequadamente. Com isso, esses profissionais passam a vivenciar frustrações em seu cotidiano de trabalho que irão contribuir significativamente para o aparecimento de doenças osteomusculares. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a prevalência de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) nos profissionais de enfermagem da CME de um Hospital Universitário, para isso foi realizada entrevista no próprio local de trabalho, com a aplicação do questionário sociodemográfico e de saúde ocupacional para caracterização dos pesquisados, Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), questionário para identificação de fatores estressores, a Escala de Estresse no Trabalho (EET). Realizado análise antropométrica para verificação das posturas, e foi realizado também, análise das posturas mais críticas adotadas pelos profissionais de enfermagem durante a realização das atividades, através do método observacional. Os resultados evidenciaram que a prevalência de sintomas osteomusculares atinge 92,2% dos entrevistados, enfatizando a necessidade de melhorias nas condições de trabalho devido ao esforço nas atividades que impõem alto consumo de energia muscular e posturas inadequadas com o desenvolvimento de processos álgicos. O resultado da análise da EET remete à identificação de (58,82%) dos profissionais com estresse, o que esclarece a necessidade de atenção por parte da gestão. Além disso, o trabalho pode ter impactos diferentes em trabalhadores expostos às mesmas condições de trabalho, o que pode ser explicado pelos fatores organizacionais e psicossociais. Foram propostas sugestões para prevenção de DORT, como também, recomendações para minimizar os fatores de risco que afetam a saúde dos profissionais de enfermagem da CME.