Ilhas urbanas e sujeitos experimentais na narrativa latino-americana contemporânea
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4623 |
Resumo: | Na presente dissertação, analisamos quatro romances latino-americanos cujas narrativas apresentam territórios periféricos e sujeitos em permanente constituição de si, a saber: La Villa (2001), do escritor argentino César Aira, Sorria, você está na Rocinha (2004), do escritor brasileiro Julio Ludemir, La Virgen Cabeza (2009), da escritora argentina Gabriela Cabezón Cámara, e Deus foi almoçar (2012), do escrito brasileiro Ferréz. A partir da análise desse corpus, objetivamos discutir as imbricações entre ilha urbana, cidade e sujeito experimental. Nossa hipótese é que o trânsito pelos espaços e o cruzamento das fronteiras funciona nos relatos como uma via possível de aproximação crítica a essas narrativas, em que a experiência da vivência em trânsito possibilita o aparecimento de figuras e territórios complexos. Para isso, mobilizamos uma constelação teórica que ancora nossas reflexões e análises, especialmente a partir do pensamento de Josefina Ludmer (2006; 2007; 2010) acerca dos debates pós-autonomos, e de Reinaldo Laddaga (2006, 2010) e Daniel Link (2004) acerca das novas comunidades experimentais do presente e da configuração de formas experimentais e alternativas de vida. Também são imprescindíveis as contribuições de Boaventura de Souza Santos (1999), que discorre acerca das transformações no contexto da pós-modernidade, as concepções de Fredric Jameson (2006) sobre certa dinâmica pós-moderna em relação à lógica cultural do capitalismo tardio, Yi-Fu Tuan (1983) para pensar a relação espaço/experiência nas narrativas recentes, Friedric Bolloow (2019) para refletir sobre os processos de afecção entre sujeito e espaço, Michael Hardt e Toni Negri (2000) para tratar das fronteiras transpassadas e da constituição de virtualidades e do presente como fluxo e devir, e Renato Ortiz (1998) para refletir acerca da dinâmica global do mundo contemporáneo, assim como dos processos de atravessamento sujeito/território. Além disso, o pensamento dos filósofos Deleuze e Guattari (1996) é mobilizado para refletir acerca dos agenciamentos territoriais a partir da imagem do rizoma, assim como dos novos experimentos de vida, e o de Judith Butler (2015) em relação aos processos de reconhecimento e constituição de sujeitos. Desse modo, se lêem e analisam reconfigurações de vida em territórios que se metamorfoseiam nas narrativas do corpus. Ao apostar em meios e formas provisórias de existência, tais sujeitos levam a repensar certas práticas e concepções acerca do território, em prol da configuração de comunidades abertas e da exploração dos sentidos dessa coletividade, em diversos textos literários das últimas décadas. |