Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lima, Maria da Conceição Ferreira de |
Orientador(a): |
Roazzi, Antônio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11274
|
Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo investigar as relações entre as emoções emergentes em situações de aprendizagem e desempenho da Matemática e mediadores cognitivos; de caráter avaliativo e de gênese social; relacionados ao self como autoconceito acadêmico, autoimagem e autoconsciência em estudantes adolescentes do ensino médio das cidades do Recife, zona metropolitana e de Caruaru. Estudos recentes apontam que tais fatores têm uma influência no desempenho matemático do estudante e interagem de forma a moldar o significado que o estudante dá a sua experiência de aprendizagem e desempenho. A análise estatística dos dados revelou a existência de emoções de prazer, vergonha, orgulho e ansiedade de desempenho matemático. Verificou-se que quanto maior o prazer e o orgulho na matemática mais alto é o autoconceito acadêmico e o desempenho dos alunos nesta disciplina. Em contrapartida, quanto maior a vergonha e ansiedade de desempenho matemático mais baixo é o autoconceito acadêmico na matemática e mais baixo o seu desempenho. Descobriu-se também que pessoas de autoimagem independente sentem mais ansiedade na matemática do que as de autoimagem interdependente. Já as pessoas de autoimagem interdependente sentem mais prazer e vergonha de desempenho matemático. Os estudantes do sexo masculino sentem mais prazer na matemática do que os de sexo feminino. Já as estudantes sentem mais orgulho, vergonha e ansiedade na matemática do que os de sexo masculino. Porém, em relação ao desempenho propriamente dito, não foi constatada nenhuma diferença significativa. Dado que confirma resultados de pesquisas anteriores. A autoconsciência está associada a emoções de orgulho, vergonha e ansiedade na matemática. Foi verificado também que jovens de nível socioeconômico mais alto têm um desempenho mais baixo em matemática do que estudantes de nível mais baixo. A pesquisa também resultou que a emoção de ansiedade e autoimagem independente são desencadeantes de autoconsciência. Nossos resultados revelam a necessidade de se primar pela atenção para o papel experiência emocional, dos aspectos cognitivos nela subjacentes e do contexto sociocultural na forma como o estudante reage ao seu desempenho. Pois, mesmo não sendo conclusivos, esses dados sugerem que as emoções de desempenho e seus mediadores cognitivos causam um impacto tanto no desempenho propriamente dito; ou seja, nas notas de matemática; quanto nas impressões que esses resultados deixam nos estudantes. Portanto a presente pesquisa abre caminho para novos olhares no campo de estudos da psicologia cognitiva e da educação matemática. Pois assim nós poderemos aumentar o bem estar psicológico, autonomia no processo de aprendizagem, melhorando seu desempenho do estudante, garantindo que faça suas escolhas profissionais de maneira mais bem sucedida. |