Performatividade e agenciamentos humanos e não-humanos da realidade: uma leitura por trás da Lei de Biossegurança a partir da Sociologia Simétrica de Bruno Latour

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: MARQUES, Denilson Bezerra
Orientador(a): MORAIS, Josimar Jorge Ventura de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9755
Resumo: O presente estudo buscou apreender parte da realidade social que está além do texto da Lei de Biossegurança. Para tal, se baseou na análise de textos produzidos por cientistas brasileiros do campo da biotecnologia. Adotando a perspectiva teórica e metodológica de Bruno Latour, quanto ao seu princípio de simetria, foi possível observar que a realidade está subdividida em: i) realidade revelada (fruto dos agenciamentos não-humanos); e, ii) realidade significada (fruto dos agenciamentos humanos). Vimos, com isso, que o princípio de simetria opera a construção ajustada da realidade entre humanos e não-humanos, graças ao trabalho de mediação de entidades naturais , informacionais e banco de dados. Estas entidades permitem aos cientistas estabilizarem uma dada performatividade a partir da qual inicia-se o processo de significação sobre si mesmas, que passam, então, a pertencer à realidade social humana sobre a qual atribuições significativas e normativas são feitas. Dentre as principais conclusões, a adoção do princípio de simétrica de Latour, permitiu-nos entender parte da ordem social imanente as performatividades e às atribuições significativas, que constituem o ato fundante e o fundamento epistemológico da realidade social