“O amor só é bom se doer?” : a economia emocional do MADA, dinâmicas de disciplina, controle e hierarquizações de poder
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45840 |
Resumo: | A pesquisa objetivou, sobretudo, a análise da linguagem da economia emocional das participantes do MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas) — um grupo de apoio para mulheres que desejam, principalmemte, desvencilhar-se da dependência de relacionamentos destrutivos —; basicamente, a maneira que elas rearranjam e/ou modificam suas definições de emoções a partir da consciência coletiva, construindo a partir da influência da dinâmica do grupo e da sua programação. Para tanto, fizemos uma análise dos seus discursos e das emoções que eram acionadas e/ou ocultadas por serem consideradas inadequadas ao contexto e à proposta do grupo; como elas experienciam o amor provenientes das relações destrutivas e como ele passa a ser objeto de vício. Além disso, qual sentido elas dão para essas relações, identificando a forma com a qual elas são capazes de romper com esse vínculo, como o fazem e quais os efeitos discursivos práticos que decorrem dessa ruptura desejada. A metodologia envolvida neste estudo se deu a partir do processo de “afetação” e também de fragmentos de uma autoetnografia. A pesquisa foi ancorada diante da perspectiva contextualista — consideramos que estamos envolvidos em uma etnopsicologia ocidental moderna —, a maneira como as emoções são definidas no ocidente e como elas influem a partir da dinâmica emocional dos grupos sociais, neste caso, do grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA). Afinal, a partir da análise dos discursos emocionais das cinco interlocutoras que foram entrevistadas, “o amor só é bom se doer?” Não. Antes só do que mal amada. |