O recife da cidade : representações de uma paisagem fundacional da cidade do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SANTOS, Josivan Rodrigues dos
Orientador(a): COUTINHO, Solange Galvão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45836
Resumo: Os arrecifes que ornam a costa da capital pernambucana foram um fator determinante para o estabelecimento de um ancoradouro natural e para a fundação e desenvolvimento de uma cidade. Tais pedras possuem um significado ampliado, para além dos seus aspectos materiais, e se expressam enquanto paisagem de relevância social e cultural, um híbrido de natureza e cultura, constituindo um referencial para a cidade do Recife (GONÇALVES et al.., 2017). No presente estudo, objetivou-se verificar como a paisagem fundacional dos arrecifes foi representada nos guias turísticos impressos da cidade, a partir de um corpus analítico composto por dezoito artefatos, publicados entre 1932 e 2015. Mais especificamente, buscou-se (a) compreender os aspectos de natureza geológica, geográfica e histórica da formação dos arrecifes; (b) investigar as dimensões culturais e simbólicas associadas à paisagem dos arrecifes e suas representações; (c) verificar as origens dos guias turísticos impressos, seu histórico no Brasil e no mundo e a evolução dos guias da Cidade do Recife, considerando-os enquanto espaço e suporte de informação e de representação; e (d) analisar as representações pictóricas, esquemáticas e verbais dos arrecifes em guias turísticos da cidade do Recife. A metodologia baseou-se em pesquisa bibliográfica nas áreas da geologia, geografia, história e do campo da paisagem. Para a análise das representações, foram utilizados dois modelos metodológicos: o modo pictórico/esquemático foi examinado com base no contributo de Michael Twyman (1985), Clive Ashwin (1979) e Jacques Bertin (1967) e o modo verbal pautou-se no instrumental desenvolvido por Laurence Bardin (1977). Foi verificada a presença de 93 representações pictóricas e esquemáticas e de 166 ocorrências verbais. Os resultados da análise demonstram a predominância do papel coadjuvante ou figurativo da paisagem dos arrecifes nestas representações, destacando-se as características objetivas das pedras, em detrimento de sua dimensão simbólica, e confirmando a hipótese da sua invisibilidade no tocante aos aspectos imateriais e enquanto paisagem fundacional da cidade.