Avaliação dos efeitos antibacterianos in vivo da Lectina de Punica granatum (PgTeL) em modelo de ferida infectada por staphylococcus aureus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CASTELO BRANCO, Simeone Júlio dos Santos
Orientador(a): PAIVA, Patrícia Maria Guedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biotecnologia Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54865
Resumo: A lectina PgTeL isolada da sarcotesta de Punica granatum é uma proteína de 26 kDa que tem atividade antibacteriana e antifúngica in vitro contra patógenos humanos. A dissertação avaliou o efeito antibacteriano in vivo de PgTeL contra Staphylococcus aureus, uma bactéria gram positiva que é bastante encontrada no ambiente e na microbiota humana, que em muitos casos podem acarretar em sérios problemas de saúde. A lectina foi isolada de acordo com procedimento estabelecido anteriormente. No ensaio in vivo lesões (8mm) induzidas na região do dorso dos camundongos foram infectadas com S. aureus ATCC 6538 (0,5x 10 8 UFC/mL) e um dia após a infecção, as feridas foram tratadas diariamente por 10 dias com PgTeL (25 e 100 μg/mL). As lesões foram avaliadas entre 3 e 10 dias quanto a parâmetros inflamatórios e após o fim do tratamento, onde foram observados a presença de citocinas, número de colônias bacterianas viáveis e analise tecidual após o tratamento. Os dados mostraram que redução dos sinais inflamatórios foi detectado a partir do sétimo dia de tratamento com PgTeL desde que as lesões apresentavam tecido granulação e não apresentavam exsudato e edema; as lesões não tratadas apresentavam maior grau de inflamação. O tratamento com PgTeL nas duas doses reduziu em até 57% o número de colônias bacterianas na lesão em comparação ao controle infectado e aquele infectado e tratado com NaCl 0,15 M. As lesões cutâneas infectadas e tratadas com PgTeL 25 μg/mL e 100 μg/mL apresentaram área da lesão (±357,2 e ±326,5, respectivamente) menor do que daquelas não tratadas (±579,75). As citocinas pró inflamatórias IL-6, MCP-1 e TNF-alfa foram detectadas após três dias de experimento, sendo em menor quantidade nas lesões tratadas com PgTeL. A histologia demonstrou que após dez dias o tecido estava com ótimos sinais de reparo tecidual e ausência de infiltrado inflamatório. O estudo revelou que o uso tópico de PgTeL, foi eficiente no tratamento de feridas infectadas com S. aureus. O efeito antibacteriano in vivo detectado, indica que a lectina pode ser uma alternativa terapêutica para infecções causadas por bactérias.