Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PINTO, Graziela Ferreira da Silva |
Orientador(a): |
REESINK, Mísia Lins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32947
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Resumo: |
Esta dissertação busca compreender e problematizar os significados que usuários de drogas submetidos a tratamento em um Centro de Recuperação religioso na cidade de Juazeiro – BA, os seus familiares e os fiéis que atuam dentro da instituição atribuem à conversão religiosa, e de que forma essa se relaciona com a reconstrução das percepções depreciativas imputadas a esses sujeitos rotulados como drogados. A conversão religiosa no contexto estudado constitui-se como o único caminho para a necessária “libertação” do “mundo das drogas”. No entanto, especialmente na perspectiva de alguns desses usuários, a conversão religiosa, além de garantir a “libertação” do “mundo das drogas”, ou seja, a manutenção da sobriedade/abstinência, também aparece como melhor caminho para que a família, os amigos, os vizinhos e, de um modo geral, a comunidade em que faz parte, reconheçam que eles estão em busca de uma transformação radical em suas vidas. Dessa maneira, a conversão religiosa também é concebida, por alguns dos meus interlocutores, como um processo que possibilita não apenas uma transformação em termos de valores, crenças e comportamentos, mas também possibilidade de (re) construções das percepções depreciativas atribuídas a eles, não somente por parte da família, amigos, vizinhos e da comunidade que eles fazem parte, mas, especialmente, para o próprio usuário. A descrição, dessa forma, centrar-se nos discursos constituídos/proferidos por instâncias religiosas, pela biomedicina e a esfera jurídico-penal que tenderam a atribuir aos usuários, na contemporaneidade, identificações sociais, respectivamente, de pecadores, doentes e criminosos e na compreensão do enredo da conversão religiosa desses sujeitos em tratamento como um processo atravessado por dilemas, incertezas, medos, sofrimento e intermediações sociais e simbólicas. |