Dei só uma mudadinha, não mexi muito não” : um estudo etnográfico sobre movimentos e transformações em um conjunto habitacional em Recife-PE
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31757 |
Resumo: | A presente dissertação consiste em uma etnografia sobre as experiências dos habitantes do Conjunto Habitacional Casarão do Cordeiro no que se refere à apropriação dos espaços públicos e privados desse local. Assim como outros conjuntos habitacionais construídos ao longo de todo o país, esse conjunto é composto por unidades habitacionais mínimas verticalizadas e padronizadas, que desconsideram as realidades e peculiaridades dos moradores. O objetivo desse trabalho é refletir acerca dos significados atribuídos as transformações realizadas pelos habitantes do Conjunto Habitacional Casarão do Cordeiro a esses espaços e como esses espaços, por sua vez, influenciam no modo como constroem suas próprias subjetividades, seguindo os fluxos de vida vividos nessas interações. Mais especificamente, pretendo investigar como esses antigos habitantes de palafitas e barracos se adaptaram à nova paisagem de moradia no conjunto habitacional; descrever as transformações por esses habitantes nesse novo espaço físico e o que lhes orientou a fazê-las, possibilitando compreender como esses sujeitos ressignificam seus espaços de moradia de acordo com suas construções de sentidos. A vida nesse lugar está em um contínuo movimento de crescimento e transformação que se manifesta nesse cenário, repleto de soluções provisórias e efêmeras, que são demonstradas visualmente através dos vários puxadinhos, que manifestam as pequenas mudadinhas realizadas por meio de gambiarras dos seus habitantes, que são vistas entre eles mesmos, de um lado, de forma negativa, como emendas que fazem do espaço uma favelinha que reproduz as práticas sociais vivenciadas nas suas comunidades de origem, e por outro lado, como uma maneira de conformar o espaço segundo as suas próprias concepções e especificidades culturais, que distam dos modelos uniformizantes a que foram submetidos. |