Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, Laércio Gomes |
Orientador(a): |
LAPA, Tomás de Albuquerque |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32118
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Resumo: |
Este trabalho versa sobre o estigma do favelado que irrompe os mais diversos tempos e espaços, espraiando-se pelas cidades contemporâneas brasileiras. Para melhor esclarecimento a respeito das ideias que hostilizam a moradia popular aponta-se a gênese das construções ideológicas avessas a habitação popular. Para isso, retoma-se a espacialidade da cidade do Rio de Janeiro, então capital do País, na virada do século XIX para o XX, quando a cidade se vestia de elementos modernizadores. Nesse contexto, o cortiço, principal habitação popular do Antigo Regime, foi eliminado do tecido urbano, pois pesara sobre essa moradia um estigma. No irromper do século XX, com a modernização das cidades, as contradições sociais se expressaram na tessitura urbana, assim, surge um novo espaço da moradia popular, a favela, que recebeu dos cortiços os significantes. Desde o aparecimento da favela este espaço de moradia foi julgado como um lugar que não deveria existir na cidade que se vestia de moderna. O estigma pode ser identificado nas mais diversas cidades brasileiras, de Norte a Sul do País, nas mais diferentes expressões da moradia popular, como favelas, loteamentos e conjuntos habitacionais. Assim, toma-se a cidade de Macapá como local de investigação empírica, especificamente o Conjunto Habitacional Mucajá (CHM), inaugurado em 2011. Os moradores de CHM são alvos de ideias hostis presentes tanto nas notícias de jornais, quanto no pensamento dos que moram as adjacências do CHM, reatualiza-se o estigma do favelado. O trabalho está dividido em cinco capítulos: o primeiro aponta o objeto de estudo e apresenta os principais conceitos desenvolvidos no trabalho. O segundo faz uma breve incursão histórica, retoma-se ao Rio de Janeiro do final do século XIX, quando o cortiço foi eliminado do tecido urbano. O terceiro capítulo discorre sobre o aparecimento da favela e a manipulação do estigma do favelado. O quarto centra-se numa breve história da moradia no contexto amapaense. O quinto analisa o estigma do favelado no CHM. |