Análise de diversidade e estrutura genética de Tropidurus semitaeniatus (Squamata: Tropiduridae) no PARNA Catimbau, Pernambuco
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32020 |
Resumo: | Tropidurus semitaeniatus é um lagarto que apresenta adaptações marcantes para o modo de vida saxícola, como o corpo achatado dorso-ventralmente, permitindo-os explorar com eficiência afloramentos rochosos. Essa espécie apresenta alta especificidade de habitat, o que sugere dispersão limitada por ambientes não-rochosos. Recentemente foi mostrado que T. semitaeniatus é um complexo de unidades evolutivamente significativas (UEs), sustentando a hipótese de que a espécie abriga diversidades biológica e filogenética escondidas. Diante disto, esta hipótese de estruturação foi testada em uma escala geográfica menor, dentro do PARNA Catimbau, no semiárido de Pernambuco. Para tanto, foram amostrados 140 espécimes em oito afloramentos rochosos, dos quais foram obtidas sequências do gene mitocondrial Cytb e do nuclear MC1R. Os resultados apontaram que, apesar da fidelidade aos afloramentos, não foi encontrada estruturação entre os locais amostrados, sugerindo a panmixia da espécie dentro do PARNA. Além disso, essa conectividade entre os afloramentos está relacionada com a permeabilidade da matriz, apontando uma relação mais estreita com a vegetação típica da Caatinga. Quando os dados de Cytb são analisados junto com espécimes amostrados em outras áreas da Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica, os resultados das análises de agrupamento mostraram que os indivíduos do PARNA formam um ramo monofilético em relação aos T. semitaeniatus das outras regiões, que não compartilham haplótipos e possuem um perfil genético único. Estes dados incrementam a idéia do complexo de UEs abrigadas sob uma única denominação taxonômica. E com isso, os resultados chamam atenção para a conservação da espécie, que, apesar de ser amplamente distribuída na Caatinga, apresenta alguns microendemismos e está fortemente relacionada com a vegetação do semiárido. Além de reforçar a importância do PARNA na conservação da biodiversidade local. |