Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Kolodiuk, Miguel Fernandes |
Orientador(a): |
Freire, Eliza Maria Xavier,
http://lattes.cnpq.br/5295493926456081 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22705
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Resumo: |
A Caatinga ocupa cerca de 800.000 km2, caracterizada por escassez de precipitação, altas temperaturas, variabilidade na sazonalidade climática com forte intercalação de anos de secas e de inundações. Quanto a aspectos fitofisionômicos e morfoclimáticos, apresenta pelo menos duas fisionomias conhecidas na literatura, Caatinga stricto sensu e Caatinga lato sensu. A primeira corresponde às áreas situadas na Depressão Sertaneja Setentrional, com vegetação arbustiva e temperaturas mais elevadas; já a Caatinga lato sensu compreende áreas de vegetação arbórea e arbóreo-arbustivas, sobre topos das chapadas e serras com mais de 500 m de altitude, e temperaturas mais amenas. Estudos clássicos destacam a existência de padrão de distribuição relictual para algumas espécies de lagartos, que parecem ser exclusivas de áreas de Caatinga lato sensu. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo geral analisar a composição e a estrutura da comunidade de répteis Squamata e estudar os comportamentos de termorregulação e de forrageamento das espécies de lagartos tropidurídeos da Caatinga lato sensu, da Serra de Santana, Lagoa Nova, RN. Foram realizadas quatros excursões de 20 dias cada à área de estudo, sendo duas no ano de 2014 (estações chuvosa e seca), e duas no ano de 2015 nos mesmos meses (março e setembro) da coleta do ano anterior. Em 2014, foram registrados e/ou coletados espécimes de Squamata por procura ativa e armadilhas de queda, quando foi registrado para cada espécime ativo o hábitat, microhábitat e horário de atividade. Em 2015 foram realizadas observações comportamentais para os lagartos tropidurídeos através de sessões focais para registros dos comportamentos de termorregulação e de forrageamento. Foram coletadas 34 espécies de Squamata e a curva de rarefação não atingiu assíntota, indicando a possibilidade de existirem mais espécies na área. Destacam-se as presenças de espécies de distribuição relictual em áreas de Caatinga, quais sejam, Acratosaura mentalis, Enyalius bibronii e Anotosaura vanzolinia. Comparando a composição das espécies de lagartos com as de outras áreas de Caatinga, constatou-se a formação de três grupos: espécies de área florestada (brejos de altitude); de Caatinga lato sensu e de Caatinga stricto sensu. A análise do modelo nulo demonstrou que esta comunidade de lagartos está estruturada quanto ao uso do espaço, indicando influência significativa de fatores ecológicos contemporâneos sobre essa taxocenose. O uso não aleatório do componente espacial indicou presença de interações competitivas que influenciam a seleção dos habitats e microhabitats. Os resultados do comportamento termorregulatório mostraram que nesta Caatinga lato sensu as duas espécies de tropidurídeos não diferem em comportamento termorregulatório, embora T. semitaeniatus se exponha mais ao sol do que T. hispidus durante a estação chuvosa. Quanto ao forrageamento, as duas espécies se comportaram de maneira similar na estação seca, mudando de estratégia durante a estação chuvosa e, comparando com a Caatinga stricto sensu, as duas espécies forrageiam de forma mais ativa durante a estação chuvosa na Caatinga lato sensu. Confirmam-se, portanto, as presenças de espécies relictuais e de estratégias comportamentais diferentes para os lagartos tropidurídeos de Caatinga lato sensu. |