Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Renata Pereira da |
Orientador(a): |
LUDERMIR, Ana Bernarda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38753
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Resumo: |
A violência por parceiro íntimo (VPI) é aquela que ocorre em uma relação íntima, referindo-se a qualquer comportamento que cause dano físico, psicológico ou sexual àqueles que fazem parte da relação. O impacto da violência não se limita apenas às mulheres, os filhos que presenciam a VPI também podem sofrer o dano junto com a mãe, comprometendo a trajetória de desenvolvimento esperado, inclusive em seu temperamento. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre VPI contra mulher desde a gravidez e o temperamento dos seus filhos no início da escolaridade formal. Trata-se da 3ª etapa de uma coorte prospectiva que vem sendo conduzida desde 2005, com mulheres cadastradas em todas as Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário II da cidade do Recife, Pernambuco. Foram avaliados 631 pares de mães-filhos. O temperamento da criança foi avaliado utilizando a escala Temperament Survey Emotionality, Activity, Sociability and Shyness (EAS). Os tipos e idade da exposição à VPI foram analisados utilizando a taxonomia da exposição de crianças e adolescentes à VPI. O temperamento da criança com a exposição à VPI, foi descrito através de medidas de tendência central (média) e medida de dispersão (desvio padrão) e a associação foi medida pelo Odds Ratios brutos e ajustados utilizando-se análise de regressão logística, com nível de significância p<0,05. Verificou-se que a média mais elevada dentre as dimensões foi na sociabilidade (20,1) e a menor na timidez (11,6). Foram avaliados 10 tipos de exposição da criança à VPI e as mães referiram que 64,7% das crianças foram expostas a algum tipo. Os resultados também mostraram que a chance de a criança ter alterações no temperamento foi maior quando vivenciou múltiplos tipos de exposição à VPI, emotividade (OR=2,62; IC 95%: 1,41-4,87) e atividade (OR=4,14; IC 95%: 2,10-8,18). A idade de início da exposição à VPI de maior comprometimento para alterações no temperamento, foi a faixa etária de 0 a 11 meses e 1 a 2 anos. O ambiente exposto a VPI pode contribuir para alterações no temperamento da criança, principalmente quando ela vivenciou múltiplos tipos de exposição à VPI e quando foram expostas em idades mais precoces, favorecendo a manutenção de problemas psicossociais e contribuindo para o desenvolvimento de um indivíduo com alterações no temperamento e consequentemente no comportamento. |