Violência pelo parceiro íntimo contra a mulher e o crescimento e nutrição da criança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LIMA, Natália Nunes de
Orientador(a): LUDERMIR, Ana Bernarda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29960
Resumo: A violência pelo parceiro íntimo (VPI) contra a mulher é considerada um problema de saúde pública, cujas consequências podem ser bastante negativas para saúde da mulher e da criança. A VPI contra mulher é um sério fator de risco para deficiências no crescimento e nutrição da criança em qualquer estágio do seu desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a violência pelo parceiro íntimo contra a mulher, nos últimos sete anos depois do parto, e o crescimento e nutrição das crianças no início da escolaridade formal. Estudo transversal realizado entre 2013 e 2014 com 563 crianças e suas respectivas mães, cadastradas na Estratégia Saúde da Família do Distrito Sanitário II da cidade do Recife, Pernambuco. O crescimento e nutrição da criança foram avaliados pelo Índice de Massa Corporal para idade. A exposição materna à VPI foi definida por atos concretos de violência psicológica, física e sexual infligidos à mulher pelo parceiro ou ex-parceiro. Foram estimadas as razões de prevalências brutas e ajustadas para a associação estudada, utilizando-se a regressão de Poisson. A prevalência da VPI foi de 32,2% e da desnutrição em crianças de 2,5%. As crianças cujas mães relataram VPI apresentaram maior probabilidade de estarem desnutridas (RP=3,3; IC95%: 1,0-10,1). A violência sofrida pela mãe interferiu no crescimento e nutrição infantil, o que aponta para necessidade de elaboração de políticas públicas voltadas ao combate à violência contra mulher, não só para prevenção das consequências na saúde das mulheres, como também na dos seus filhos.