Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
CORRÊA, Tiago Matheus |
Orientador(a): |
MEDRADO, Benedito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38708
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Resumo: |
A tese tem como objetivo principal propor um conjunto de reflexões críticas sobre a escuta psicológica a meninas adolescentes e mulheres em situação de violência sexual. Inicialmente, oferece uma revisão conceitual a partir de uma matriz teórico-conceitual foucaultiana sobre a noção de escuta psicológica. Em seguida, situa a produção científica brasileira sobre escuta psicológica especificamente a pessoas em situação de violência sexual no panorama histórico do enfrentamento a essa forma de violência e das políticas públicas voltadas para assistência à saúde das vítimas. Dialogou-se com 17 artigos, 04 dissertações e 03 teses encontrados na SciELO, BVS-Psi e BDTD. Na sequência, descreve o exercício de reflexão colaborativa realizado entre o autor e seus quatro colegas, todos atuando como psicólogos no Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, referência na assistência à saúde de meninas e mulheres em situação de violência sexual no estado de Pernambuco. Esse exercício foi realizado com base na Metodologia de Produções Narrativas de Marcel Balasch e Marisela Montenegro (2003) por meio da qual conversas entre pares, baseadas na informalidade e na afetuosidade, foram transformadas em narrativas de como cada um/a desses/as profissionais relatava sua escuta às pacientes do serviço. Às quatro narrativas, apresentadas na íntegra, seguem três pequenos ensaios ou provocações disparadas no processo da produção daquelas: 1º) discute as matrizes de inteligibilidades da escuta a pessoas em situação de violência sexual, distinguindo entre a jurídica e a terapêutica; 2º) indaga a ética das noções de autonomia, consentimento, risco/vulnerabilidade, apontando-as como forma de governo da violência sexual no processo da escuta; 3º) avalia os jogos de poder envolvidos na escuta psicológica a partir de suas múltiplas dimensões em intersecção (raça, classe, gênero, sexualidade etc.). Espera-se assim contribuir para a produção de conhecimento crítico em psicologia e o exercício ético e político da profissão. |