Contato sexual entre meninos: Jogos sexuais ou violência sexual?
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7450 |
Resumo: | Esta pesquisa teve por objetivo compreender, através dos Prontuários Individuais de Atendimento, a demanda que vem chegando ao CREAS de contato sexual entre meninos. Foram considerados meninos crianças do gênero masculino e abaixo dos doze anos de idade. O que se pretendeu foi primeiramente conhecer qual a incidência de casos que chegam no CREAS e saber como eles são nomeados tanto pela equipe de referência do CREAS como pelos serviços da rede de proteção da criança e do adolescente; posteriormente, como diferenciar quando um caso contato de contato sexual são jogos sexuais e quando é abuso sexual. Esta pesquisa foi de cunho qualitativo, de caráter exploratório, na primeira fase, e descritivo na segunda, envolvendo levantamento bibliográfico, análise de documentos e construção de narrativas ficcionais. Para alcançar o objetivo foi realizado um levantamento de documentos, num CREAS na Cidade de Manaus do ano de 2012. Utilizou-se como recorte metodológico a “teoria” do construcionismo social, tendo as práticas discursivas como viés fundamental na produção de sentido. No ano de 2012 foram identificados 8 casos onde meninos realizaram contato sexual, isso representou 3% dos casos acompanhados no CREAS. Em 37,5% de casos foi identificado o termo jogos sexuais, todos os outros casos foram enquadrados na modalidade de violência sexual. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica não sistemática nos periódicos CAPES onde não foi possível encontrar uma descrição teórica do termo jogos sexuais, para tanto, foi realizado uma tentativa de conceituar o termo “jogos sexuais” para que se pudesse compreender melhor este fenômeno. Para análise qualitativa foi utilizado o recurso metodológico de análise das práticas discursivas na produção de sentido, sete narrativas ficcionais foram então escritas para se contar um pouco das histórias presentes nas práticas discursivas identificadas nos prontuários de atendimento individual. Na discussão dos dados e nas considerações finais o que se evidenciou foi como o CREAS é o serviço socioassistencial que trabalha violações de direitos, ou seja, as violências, sendo uma delas a violência sexual; se a prática da descoberta da sexualidade, através dos jogos sexuais, não for considerado uma violência, onde essas famílias deveriam receber acompanhamento familiar quando um de seus filhos participasse desse processo de descoberta sexual? É necessário que haja um serviço público para se tratar as crianças que apresentam seu desenvolvimento sexual infantil através da manipulação de seus próprios corpos e do corpo do outro? Essas foram algumas das reflexões suscitadas. |