Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
FORMIGA, Mariana Bandeira' |
Orientador(a): |
LIMA, Murilo Duarte da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15029
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Resumo: |
O Transtorno por uso de substância (TUS) refere-se ao padrão patológico de comportamento relacionado ao consumo de drogas lícitas e ilícitas. Concomitante ao transtorno por uso de substâncias pode ocorrer transtornos psiquiátricos (TP), caracterizando o diagnóstico duplo (DD). A presente pesquisa teve como objetivo identificar a prevalência de diagnóstico duplo nos usuários de drogas em tratamento. Trata-se de uma pesquisa com metodologia analítico, transversal com abordagem quantitativa e com amostra não – probabilista do tipo intencional. A pesquisa foi desenvolvida em dois Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad), na região metropolitana de João Pessoa-PB. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico, o Teste de triagem do envolvimento com álcool, tabaco e outras substâncias (ASSIST), e o Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I). Participaram desta pesquisa 110 voluntários, dos 18 aos 69 anos, com média de idade de 41,73 anos, os quais foram divididos em três grupos. O grupo 1, composto pelos entrevistados que estão em abstinência de álcool e drogas ilícitas há pelo menos três meses; grupo 2, com alcoolistas; e grupo 3, com usuários de álcool e drogas ilícitas. A maioria dos participantes era do sexo masculino, negra, com religião, com até 9 anos de estudo, sem renda financeira pessoal fixa. As substâncias mais consumidas foram o álcool (67,3%), tabaco (60%), crack (30%) e maconha (27,3%). O diagnóstico duplo foi mais prevalente no grupo 3 (71,8%), em comparação ao grupo 2 (60%). O diagnóstico duplo foi significativamente associado ao risco de suicídio, as tentativas de suicídio e a prática de atos infracionais. O consumo do crack foi associado ao episódio depressivo maior e ao transtorno de personalidade antissocial. Diante do exposto, recomenda-se avaliar os transtornos psiquiátricos na assistência aos usuários de drogas devido a sua frequência e influência no curso da doença e prognóstico. Pesquisas com o intuito de aprimorar as intervenções com usuários de drogas com o duplo diagnóstico devem ser incentivadas. |