A influência de comorbidades psiquiátricas na adesão ao tratamento por uso de substâncias em uma unidade de internação em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Ruana Barrera Pazini da
Orientador(a): Halpern, Silvia Chwartzmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211299
Resumo: Nos Transtornos por Uso de Substância (TUS) um dos maiores desafios consiste na adesão ao tratamento por parte do usuário. Nessa população sabe-se que a desistência no percurso dos atendimentos é significativa, e pode estar relacionada a inúmeros fatores, como por exemplo, a presença de comorbidades, pouca motivação, fissura, falta de envolvimento da família, dificuldade de vínculo com os serviços de atendimento, assim como intervenções terapêuticas descontextualizadas com a realidade do usuário. Aspectos relacionados às comorbidades psiquiátricas associadas ao TUS nem sempre são considerados na investigação, intervenção e conduta terapêutica. A identificação de determinadas comorbidades pode contribuir para um entendimento mais amplo a respeito do paciente e consequentemente no estabelecimento de estratégias mais coerentes de tratamento. O objetivo proposto por esse estudo é avaliar a presença de comorbidades psiquiátricas como fator influenciador na adesão ao tratamento de usuários de substâncias em uma Unidade de Adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS (UAA/ HCPA). O delineamento de pesquisa foi um estudo de coorte retrospectiva, utilizando um banco de dados secundário de pesquisa realizada e disponibilizado pelo HCPA - “Preditores Clínicos, Biológicos e Psicossociais da Recaída Precoce em Usuários de Crack”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 14-0249. A amostra foi composta por 399 usuários de álcool e/ou cocaína/crack internados na UAA para desintoxicação e tratamento. O programa terapêutico proposto nessa unidade corresponde a duas fases, correspondendo a Grupo de Desintoxicação (GD) e Grupo de Reabilitação (GR). A adesão foi considerada através da evolução dos pacientes do GD para o GR, no período de internação. Instrumentos como ASI-6 e SCID, e um questionário sobre seus dados sócio demográficos foram aplicados durante a internação. O projeto foi submetido e aprovado pelo Centro de Ensino e Pesquisa - HCPA e Plataforma Brasil. Os resultados encontrados foram que usuários de álcool permanecem mais aderidos no tratamento, evoluindo para o GR, enquanto que usuários de cocaína/crack permanecem em sua maioria no GD. As comorbidades mais prevalentes encontradas foram ansiedade generalizada, fobia social e depressão. Com os resultados, esperamos poder contribuir com as instituições para que as mesmas possam realizar uma avaliação mais completa e, assim, diminuir as taxas de evasão.