Representações do Brasil na poesia rosiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Roberto Fonsêca de Freitas, Sávio
Orientador(a): Gonçalves Licari, Luzilá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7847
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo estudar as representações do Brasil presentes nos poemas do escritor mineiro João Guimarães Rosa. O discurso do autor de Grande sertão: veredas refaz uma imagem do Brasil através de temas que evidenciam animais, natureza, vida no campo, manifestações culturais indígenas e negras, mitos e crendices populares, temáticas que mostram uma tentativa da representação do Brasil pelo viés literário. O lirismo romântico percorre os textos por meio de um processo de conciliação que Rosa mantém com eixos temáticos exaltativos à sua terra, conforme colocação de Bosi (1983; p.37). A postura do escritor mineiro também se dá pela condição de recusa a uma ideologia de catástrofe que se instaura por conta do subdesenvolvimento da nação brasileira, segundo afirmação de Antonio Candido (1986; p.142). Também tomamos por subsídio o que Roberto Schwarz (1987; p.128) chama de mística terceiro-mundista, fator que evidencia o nacionalismo vinculado à temática da tradição popular nos poemas modernos do diplomata mineiro. O referido autor considera que a mística terceiromundista permite o surgimento de uma literatura que se volta à temática rural, de crendice popular, de preservação dos mitos e lendas folclóricas, dados que observamos nos poemas de Guimarães Rosa. A fauna e a flora brasileiras, as lendas folclóricas do caboclo d água e da Iara, e a crença religiosa de tradição popular e africana revelam o Brasil cantado pelo poeta mineiro