Magma: 80 anos de poesia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Torres, Maria do Socorro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/146691
Resumo: Magma, gênese poética do escritor João Guimarães Rosa, constitui-se a base sólida desta tese de doutoramento, em Teoria da Literatura. Tem-se como corpus os poemas da coletânea que apesar de premiada em, 1937, não obteve a recepção merecida, em virtude do autor não ter publicado a obra. O estudo aprofundado dos poemas mostra que o lirismo voltado para os rios, a água e as cores é aspecto crucial em sua composição. Não é novidade vincular a produção rosiana ao Modernismo, o que é novo é abordar uma obra inicial como Magma, tendo em vista os aspectos anteriores. Optamos por realizar uma abordagem que contempla (i) a análise da fortuna crítica; (ii) o contexto de produção, relacionando a gênese poética de João Guimarães Rosa às demais produções poéticas do Modernismo, sobretudo, do primeiro e do segundo momentos; (iii) a análise dos poemas. Para a construção da tese partimos do estudo da fortuna crítica de Magma, atendo-nos à recepção da mesma e às análises que da coletânea foram feitas. O suporte teórico e crítico para a realização desta tese ateve-se a estudos acerca do Modernismo brasileiro, entre eles Affonso Ávila (2013), José Guilherme Merquior (1965), aos estudos voltados para a compreensão do texto poético como Octavio Paz (1982). Além disso, buscamos contextualizar Magma no universo do Modernismo brasileiro, de modo a estabelecer pontos de aproximação e distanciamento entre o que faz João Guimarães Rosa e o que fazem os modernos. Em seguida, organizamos os poemas da obra em vertentes, apoiando-nos em parte nos trabalhos de Maria Célia Leonel. As fronteiras entre tais vertentes não são firmemente delimitadas, porém, acreditamos que há um ganho analítico na organização do livro segundo essa perspectiva, pois, são temas que percorrem toda a coletânea, também, toda a obra subsequente do autor. Por fim, coube investigar em que medida, tais temas, que se apresentam na obra com fronteiras pouco fluidas, se articulam, a partir de um discurso moderno que os aproxima. Ou seja, a partir dos instrumentos fornecidos pelas etapas anteriores procuramos responder à seguinte pergunta: em que medida aspectos do Modernismo articulam-se em Magma, para garantir o diálogo entre as vertentes apontadas e, para, além disso, garantir a originalidade e a riqueza da obra poética de João Guimarães Rosa?.