Inventário dos feitos modernizantes na cidade do Recife (1969-1975): sobre mediações históricas e litrárias entre a história recente do Recife, o romance : A rainha dos cárceres da Grécia, de Osman Lins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Manuel Domingues do Nascimento, Luís
Orientador(a): Paulo de Morais Rezende, Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7422
Resumo: A nossa investigação e reflexão histórica têm como ponto de partida o estudo da área central do Recife, o epicentro da Região Metropolitana do Recife, a partir do qual podemos averiguar, entre 1969 e 1975, como a cidade foi modernizada para se integrar de forma cabal aos padrões de uma sociedade de consumo e industrial, que para tanto promoveu um reordenamento urbano no seu centro, uma urbanização viária, a instalação de novos equipamentos urbanos e a remodelação de suas paisagens, arquitetadas através de ações instituídas e constituídas pelos poderes públicos, associados ao capital havido por novas oportunidades de negócios e aliados as classes sociais mais abastadas da cidade com interesses numa mobilidade territorial eficaz num tempo hábil, a partir de uma política assentada num aparelho de Estado de feições autoritárias, tecnocráticas e de uma racionalização instrumental da sociedade, impondo sobre as classes subalternas os custos dessa modernização. Mas, também, como estas reagiram e como Osman Lins, através do romance A rainha dos cárceres da Grécia, desvela, analisa e crítica essa modernização e dá voz e vez aos sonhos, projetos, experiências de vida, história e dramas dessas classes sociais deserdadas pela modernização brasileira. Partindo desta relação entre história/literatura e das mediações sociais e políticas entre as classes sociais, podemos, também, averiguar a produção de formas e modos de vida distintos na sociedade, a agregação de paradigmas à esfera cultural, a redefinição da relação com a memória e a história e a contigüidade com a reserva de consciência critica da sociedade