A superação da tradição mimética em A Rainha dos Cárceres da Grécia, de Osman Lins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: TANCREDO, Rogério Alan lattes
Orientador(a): FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15244
Resumo: Na passagem do XIX para o século XX, a narrativa contemporânea sofre uma ruptura provocada por experimentações realizadas por autores como Franz Kafka, Marcel Proust, James Joyce e Virginia Woolf. A partir de então, o romance nunca mais será o mesmo, pois a narrativa, ao invés de representar a realidade em seus ricos detalhes, agora traz para a superfície o ato de criação e a realidade própria da narrativa. Este trabalho consiste em uma pesquisa que tratará da revisão da tradição mimética empreendida pelo livro A Rainha dos Cárceres da Grécia (2005b), de Osman Lins, que tem como foco o processo de escrita de um romance travestido de ensaio, isto é, de um romance que debruça-se sobre si mesmo; o trabalho possui como embasamento teórico o pensamento de Giorgio Agamben sobre a contemporaneidade e o conceito de Fora, de Maurice Blanchot, que podem ajudar a esclarecer e a entender as transformações pelas quais o gênero passou, assim como a posição atual do romance contemporâneo. Para isto, vamos trazer narradores que transformaram e inovaram o ato de narrar para dialogar como o narrador de Lins, que acreditamos ter apontado uma nova tendência a partir da fusão do gênero romance com o gênero ensaio, especificamente no livro citado acima, explorando as múltiplas possibilidades do processo de criação e escrita.