Análise de provas de carga estática em estacas do tipo hélice contínua executadas na Região Metropolitana do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: DANTAS, Pedro Daniel Uchôa
Orientador(a): COUTINHO, Roberto Quental
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31100
Resumo: Este trabalho objetiva a avaliação de desempenho dos métodos de cálculo de capacidade de carga em estacas Hélice Contínua Monitorada (HCM) localizadas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Inicialmente, se coletaram dados de obras distribuídas na RMR, dentre os quais destacam-se as sondagens aliadas ao Standard Penetration Test (SPT) e os resultados de Provas de Carga Estáticas (PCE), que são informações essenciais para os cálculos de capacidade de carga do sistema solo-fundação e interpretação da curva carga x recalque, respectivamente. Para cálculos de capacidade de carga foram adotados os métodos semi-empíricos mais difundidos no cenário geotécnico e os específicos para estacas HCM: Aoki & Velloso (1975); o mesmo método com contribuições de Laprovitera (1988), Benegas (1993) e Monteiro (1997); Décourt & Quaresma (1978, 1996a); Antunes & Cabral (1996); e o método de Alonso (1996). Para análise das provas de carga foram aplicados métodos consagrados de interpretação do ensaio e extrapolação da carga de ruptura: Van der Veen (1953); o mesmo método modificado por Aoki (1976); e o método da Rigidez (1996b, 2008). Previamente à realização dos cálculos, foram definidas algumas etapas da metodologia da pesquisa, que consistiu no processamento dos dados, na caracterização geológica e geotécnica da área de estudo e, por fim, na aplicação dos métodos supracitados. O processamento dos dados visou eliminar possíveis outliers e dados inconsistentes; a caracterização da área de estudo resultou na divisão das unidades geológicas de depósitos flúvioLagunares (Qfl), as praias holocênicas (Qh) e as praias pleistocênicas modificadas (Qpm), nas quais cada unidade foi subdividida de acordo com os perfis geotécnicos de distribuição de camadas (P1, P2 e P3). Por fim, foram realizados os procedimentos de cálculos com auxílio de planilha Excel. Os resultados de previsão da capacidade de carga foram comparados com o obtido pelo método de Van der Veen modificado por Aoki (1976), que foi escolhido por apresentar ajustes mais adequados e confiáveis em relação aos outros métodos. Essa avaliação ocorreu mediante a análise de gráficos de dispersão e de barra, além de informações estatísticas do tipo média, desvio padrão e coeficiente de variação, sendo avaliada a acurácia do cálculo e dispersão dos resultados. Ainda foram incorporadas novas provas de carga, do banco de dados de Oliveira (2013), que permitiram um acréscimo à análise estatística. A metodologia de Aoki & Velloso (1975) demonstrou maior imprecisão nos cálculos, e consequentemente, menor confiabilidade em relação aos outros métodos. As contribuições de Laprovitera (1988), Benegas (1993) e Monteiro (1997) proporcionaram melhoria na metodologia de Aoki & Velloso (1975), mediante a redução da dispersão e aumento da acurácia do cálculo, contudo, as previsões ainda se mostraram superiores à carga de ruptura extrapolada, e, portanto, contra a segurança. O método de Alonso (1996) demonstrou uma redução da dispersão, porém, com previsões de capacidade de carga ainda superiores a carga de ruptura extrapolada. As metodologias de Décourt & Quaresma (1978, 1996a) e Antunes & Cabral produziram resultados com maior acurácia e convergência, demostrando bons comportamentos nas análises parciais (cada grupo geológico) e na avaliação geral.