O docente-gestor e as relações de poder nas coordenações de cursos de graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Gabrielly Stefania Silva de
Orientador(a): MODENESI, Thiago Vasconcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gestao Publica p/ o Desenvolvimento do Nordeste
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36723
Resumo: A presente pesquisa teve por foco verificar como se processam as relações de poder existentes no contexto das coordenações de graduação na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a partir da percepção dos docentes-gestores. Para tanto, realizou-se um estudo com os coordenadores de curso da instituição a partir de questionários mistos, como instrumento de coleta de dados. Como opções metodológicas, elegeu-se a abordagem quantitativa-qualitativa, cuja análise foi feita a partir do conceito de unidade de significação temática, concebido por Bardin (2011), dentro dos princípios da Análise de Conteúdo, partindo do entendimento de que esta metodologia permite descortinar vieses não aparentes nas narrações dos sujeitos. A figura do docente-gestor pressupõe a existência de uma multiplicidade de competências exigidas por um contexto de reformas promovidas no sistema educacional universitário brasileiro. São professores que ascendem à função de coordenador, acumulando a docência com o desempenho de atividades de gestão e, em paralelo, a condução desse papel alia-se a um forte processo de natureza política, a partir da constituição, manutenção ou ruptura de redes de poder, entendendo-o sob diversos aspectos teóricos, tais como Foucault (1979), Bourdieu (1989), Weber (1991). Diante disso, os resultados mostram que o interesse em ocupar a função de coordenador pode surgir, entre outros elementos, do desejo em protagonizar relações de poder; que a função de coordenador de curso se constitui em um lugar de poder, a partir da percepção dos coordenadores e da disputa existente para ocupar o cargo; que os coordenadores utilizam estratégias de poder no exercício da função, predominantemente com relação ao discurso sob a finalidade de convencimento de outros sujeitos para tomada decisões; por fim, o estudo conclui que as relações de poder existem e podem ser classificadas, com base no modelo idealizado por Reed (2014), dentro das dimensões discursiva, relacional e, em menor grau, na perspectiva performática.