Exercício de preensão manual isométrico intermitente associado a diferentes níveis de compreensão vascular externa: efeitos agudos na reposta neuromuscular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CERQUEIRA, Mikhail Santos
Orientador(a): MOURA FILHO, Alberto Galvão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18734
Resumo: Introdução: Exercícios de baixa intensidade executados até a falha podem gerar hipertrofia e aumento de força muscular, porém o tempo até a falha (TF) pode ser muito prolongado e consequentemente gerar sobrecarga articular, sendo a restrição do fluxo sanguíneo (RFS) uma alternativa para reduzir o TF durante o exercício. A fadiga neuromuscular após o exercício pode ser indicada por uma redução na capacidade de produzir força e por alterações no sinal de eletromiografia (EMG), entretanto poucos estudos têm analisado essas variáveis após o exercício com RFS realizado até a falha. Objetivo: Verificar os efeitos de diferentes níveis de RFS aplicados durante um exercício de preensão manual isométrico intermitente (EPMII) no TF, na recuperação da força isométrica voluntária máxima (FIVM), da frequência mediana (EMGFmed) e do pico do sinal de EMG bruto (EMGpico) após a falha. Métodos: Treze homens (21 ± 1,71 anos) realizaram o EPMII com 45% da FIVM até a falha com diferentes níveis de fluxo sanguíneo: oclusão total (OT), oclusão parcial (OP) e fluxo livre (FL). A pressão de oclusão foi determinada em repouso de forma individualizada. O TF foi avaliado durante o exercício. A FIVM, a EMGFmed e o EMGpico foram mensurados antes e nos minutos 1, 3, 5, 7, 9 e 11 depois do exercício. Resultados: O TF foi diferente (p<0,01) entre todas as situações investigadas: OT (150 ± 68 segundos), OP (390 ± 210 segundos) e FL (510 ± 240 segundos). A FIVM permaneceu reduzida onze minutos após a falha em todas as situações (p=0,001). Houve uma maior redução de força um minuto após a falha nas situações OP (-45,8%; p=0,001) e FL (-39,9%; p=0,005) em comparação à OT (28,1%). Após onze minutos de recuperação apenas na situação OP (-30,2%; p=0,004) a força foi menor que na situação OT (-21,7%). A situação OP gerou uma maior redução da EMGFmed nos minutos pós 5 (p=0,012) e pós 9 (p=0,034) em comparação à OT e maior elevação do EMGpico em relação a OT (p=0,008) e FL (p=0,034) após 7 e 9 minutos. Conclusões: Maiores níveis de oclusão vascular resultam em menor TF, exercícios com maior duração induzem maior redução de força após a falha e a aplicação de OP durante EPMII parece gerar maior fadiga neuromuscular.